segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Tempo de balanço

E não é que, a brincar a brincar, já lá vai 2013 e 2014 já está à espreita?

Este ano passou a correr e tenho para mim que o próximo ano vai ser igual. Por nenhuma razão em particular mas por vezes tenho a sensação de já estar a viver em 2014. Estranho não é? Talvez por querer tanto, mas tanto chegar lá, como se isso implicasse uma melhoria significativa da nossa vida. Talvez seja isso, por já estar tão farta deste ano em que sentimos na pele o significado da crise apesar de continuarmos ambos a ter trabalho. É estranho? Não. Não é estranho pois nós sabemos bem o que falamos e cada um sente a crise à sua maneira não é verdade?

Há uns tempos o JP disse uma frase que a vou repetir por ser a mais pura verdade. Este ano foi o melhor ano dos nossos filhos e foi o ano mais difícil pelo qual já passámos.

Por este motivo, apesar de não deixar 2013 com saudades, também não posso dizer que foi mau. Os meus filhos estão no 1º ano, andam felicíssimos e é como se descobrissem um admirável mundo novo, o das letras e números. Também foi o ano em que foram brindados com menos doenças.

Já eu em termos de saude tive 2 amigdalites que me deixaram completamente K.O. Foi o ano em que descobri a homeopatia e me tornei fã. Foi um ano de reorganização de trabalho, que acho que correu francamente melhor que 2012. Foi um ano de crescimento da Twins, empresa do JP. No entanto, foi também o ano de um verdadeiro balde de água fria em Setembro, o ano em que nos entregaram a nossa antiga casa, que julgávamos estar vendida há 2 anos sem estarmos nada a espera. Ficámos de repente com 2 empréstimos volumosos para pagar sem sabermos bem como.

Foi um ano em que tivemos de nos reorganizar financeiramente em casa, que tivemos de abdicar de algumas coisas mas o mais importante é que continuamos juntos, com saúde e com a esperança que tudo se resolva pelo melhor, rapidamente.

Os meus projetos pessoais andaram meio estagnados pois se no meu trabalho me consegui reorganizar foi também à custa de alguns projetos pessoais nomeadamente, a Associação Gémeos e Mais e o livro. Foi tudo uma questão de prioridades pois apercebi-me que não vale a pena estar a tentar fazer tudo e fazer tudo aos trambolhões. Fica o trabalho mal feito e ninguém agradece. Por isso, mais vale fazer pouco mas faze-lo bem.

O próximo ano também não se avizinha grande coisa em termos de projetos pessoais. O meu maior projeto pessoal é conseguir ser feliz junto da minha família. Essa é a verdade e não vale a pena fingir que não é assim. E é mesmo o mais fácil de se conseguir quando se tem uma família linda como a minha.

As minhas resoluções para 2014 passam todas por esse grande projeto que é ser feliz:

- Cuidar de mim pois como diria o anuncio se eu não gostar de mim, quem gostará. Isto implica ter mais cuidado com a minha alimentação, emagrecer o raio dos 6 Kgs que tenho a mais e já agora depois de conseguir, tentar manter até ao final de 2014. Não vale emagrecer e depois deixar-me engordar como foi este ano.

- Festejar em grande a minha entrada nos "entas" e já que não vai ser possível a abdomenoplastia, que eu faça uma mega party em que esteja linda e maravilhosa, junto dos meus grandes amigos e família.

O resto dos meus desejos passam por conseguir vender a minha casa, de preferência o mais rápido possível para que possamos libertar-nos desse encargo e voltarmos a sonhar com alguma coisa mais material. Porque é muito bom haver amor e saúde, mas se não conseguirmos vender a casa em 2014, vai ser difícil concretizar o projeto "ser feliz" na sua plenitude.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

39 anos já cá cantam

E eis que 39 anos já cantam. A brincar, a brincar falta apenas 1 ano para aquilo que dizem ser um novo patamar da nossa vida, a entrada nos "entas" e de onde nunca mais se vai sair.

É verdade que temos desejos e expectativas que tendencialmente dizemos que gostaríamos de fazer até aos 40. Eu não sou excepção e tenho (tinha) os meus desejos. Alguns deles sempre soube que eram apenas sonhos, outros tinha uma secreta esperança de os concretizar.

Há uma expressão muito conhecida que diz que uma pessoa tem de fazer 3 coisas antes de morrer: escrever um livro (done); plantar uma árvore (done); ter um filho (tive dois). Há quem diga que é o fim de um ciclo fazer estas 3 coisas e eu terminei este ciclo em grande antes dos 40 anos!

Claro que por mim não ficava aqui... gostava de ter conhecido mais mundo antes dos 40, gostava de ser dona do meu tempo até aos 40, gostava de fazer uma abdomenoplastia até aos 40.

Tenho absoluta consciencia que não vai acontecer nenhuma das 3 coisas até aos 40. São sonhos e não passam disso, a não ser que me saia o euro-milhões entretanto.

No entanto, estes 39 anos de vida também me deram uma certeza absoluta. Que sou imensamente feliz e que tenho tudo o que podia desejar ter. Se as coisas as vezes são dificeis, se às vezes nos apetece mandar tudo ao ar, se às vezes nos apetece dar um murro na mesa e o grito do ipiranga. Sim. Sem duvida!!!! Mas a verdade é que se 39 anos foram assim, posso entrar nos "enta" com a certeza que vou entrar em grande, pois não há melhor que isto!

Venham eles!!!!

Resta dizer que passei um dia maravilhoso. Almocinho no Sushic com o meu maridão que terminou com um miminho delicioso (da foto) oferecido pelo Sushic e jantarinho apenas com a familia no Coreto em Carnide!
M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O!



quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Uma tertulia a fazer lembrar os bons velhos tempos

Na quarta feira fui a um jantar com os meus antigos colegas e companheiros de estudo do meu ultimo ano da universidade. Nunca falei disto mas a dada altura a meio do meu curso comecei a detestar tudo. Detestava a turma, detestava o curso, aquilo tudo não me dizia nada e perguntava-me um milhão de vezes que raio estava a fazer ali. Meti-me na AIESEC Lisboa ISEG com a minha única amiga dessa época que ainda hoje se mantém, que tal como eu estava cansada de tudo aquilo, para ver se ganhava algum interesse. Fui relações empresarias da AIESEC Lisboa ISEG e assim consegui passar mais um ano naquele local rodeada de gente que não me interessava nada, uma cambada de interesseiros, arrogantes e invejosos. A AIESEC era o meu escape, onde conseguia respirar. No 3º ano, quando acabou o meu mandato como Relações Empresariais, optei por começar a trabalhar em part-time. Comecei a dedicar menos tempo à Associação apesar de continuar a ser lá que tinha a minha lufada de ar fresco. Mas trabalhar, mesmo em part-time, estudar e ainda estar na Associação não era fácil e no 4º ano tomei uma decisão, talvez a melhor decisão que tomei até hoje na minha vida. Mudar-me para o turno da noite. Assim, podia trabalhar durante o dia e estudava à noite. Era um risco pois não sabia bem onde é que me ia meter e tive imensa gente a desaconselhar-me, nomeadamente os meus pais que acharam que assim, nunca conseguiria terminar o curso. 

Ora pois... enganaram-se redondamente. Apanhei uma turma espetacular, uma turma que eu já tinha perdido a esperança de encontrar na universidade. Eram na sua maioria mais velhos que eu, todos trabalhavam e tinham umas vidas particularmente complicadas, alguns já com família constituída e tudo. Mas acima de tudo eram pessoas extraordinárias, que olhavam para os colegas do lado com espírito de entre ajuda, de uma maneira que eu em 3 anos anteriores nunca tinha conhecido. Nunca me vou esquecer de um dia que tive de faltar por alguma razão que não me lembro e no dia seguinte sem eu ter pedido nada, houve alguém que veio ter comigo e me deu as fotocopias dos apontamentos tirados no dia em que eu tinha faltado. Isto para mim, não existia e agradeci de coração. As noites eram passadas em amena cavaqueira e mesmo as próprias aulas, talvez por serem com pessoas com alguma experiência de vida, ganharam mais interesse pois sentia que de alguma forma se adaptavam à realidade do dia a dia. Tínhamos todos várias cadeiras em atraso. Só eu tinha 8 cadeiras em atraso, divididas por 2 semestres, uma loucura que dava a quantia de 8 cadeiras no total em cada semestre, que eu teria de fazer para acabar o curso. Combinávamos entre nós, uma vez que havia sobreposição de aulas, quem é que ia as atrasadas e às do ano e depois trocávamos apontamentos. Apesar de toda a turma ser espetacular, havia um grupo de pessoas que costumava ir estudar para a estação de serviço na A5 em Oeiras que carinhosamente chamávamos de IBIS por ter o Hotel ao lado. Era uma private joke entre nós. Cada vez que dizíamos que íamos estudar para o IBIS as pessoas arregalavam os olhos de tal maneira que só nos dava vontade de rir. E deixávamos as pessoas a pensar se seria verdade o que era um gozo total. Também combinávamos fins de semana e noitadas em casa uns dos outros. Muita paciência tinha a minha mãezinha quando apareciam lá em casa uns 6 cotas (agora já somos todos cotas, mas na altura eles eram mais), e ficávamos a estudar na salinha horas e horas a fio. Graças a eles e a estas sessões de estudo intensas conseguimos todos passar a Estatistica II, o calcanhar de Aquiles do ISEG que toda a gente deixava para trás. Tive 14 valores! Foi uma felicidade tremenda para todos. Graças a este grupo maravilhoso, o meu 4º e ultimo ano de curso foi o ano em que consegui tirar melhores notas além de ter conseguido o magnifico feito de fazer TODAS as cadeiras que tinha para fazer. Foi sem duvida o meu melhor ano de curso em termos de notas e em termos de gratificação pessoal.

E na 4ª feira, como um dos nossos colegas que reside na Suiça, veio a Portugal em trabalho lá estivemos, em amena tertulia, a conversar como se não tivessem passado 16 anos desde que acabámos o curso. Levei o JP comigo para que ele conhecesse estas pessoas que tanta importância tiveram na minha vida naquele momento . São meus amigos? Sim. São amigos para a vida. Só podem ser, pessoas tão extraordinárias como eles. Foi também parte deste grupo que teve num outro momento muito importante para mim, o lançamento do meu livro. Eles estiveram lá para mais uma vez, me darem todo o seu apoio. Podemos estar anos sem nos falarmos e sem estarmos juntos, podemos estar separados por milhares de Kms, mas tenho a certeza que posso contar com estas pessoas para sempre. Obrigado por fazerem parte da minha vida.


quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Há cada maluco por aí... :)

Na passada terça feira aconteceu-me uma situação muito caricata. Vinda da ginástica, estaciono o carro em 2ª fila à espera que uma colega minha fosse ao supermercado buscar almoço. Fico lá sentada no carro, janela aberta a ouvir uma musiquinha quando entretanto um senhor com os seus 70 e tal anos que tinha acabado de estacionar num lugar livre à minha frente se dirige a mim. Toca-me no vidro para eu baixar um pouco mais e eu achando que não teria mal nenhum pergunto o que se passa.  Dá-se então o seguinte diálogo, um dos mais hilariantes porque já passei nos ultimos tempos: 
Ele: Ahhh desculpe...não vi que estava aqui! Queria estacionar?
Eu: Não. não... estou só a espera de uma colega não se preocupe.
Ele: É que eu não queria nada passar-lhe a frente se soubesse que estava primeiro
Eu: Não se preocupe
Ele:(inclina-se para trás, olha-me de alto a baixo) Desculpe-me dizer isto mas você é tão parecida com uma grande amiga minha!
Eu: Pois...
Ele: Esta minha amiga é de Santarém
Eu: Pois... eu não
Ele: E também é mais velha que vcs... Deve ter uns 34 anos
Eu (desatei-me a rir à gargalhada): Obrigadinho. já ganhei o dia...
Ele: Não me diga que tem mais de 34. Eu nããããão acredito! (Com uma expressão que se não era gay bem podia andar lá perto)
Eu: Pois digo digo... já vou a caminho dos 39 - disse-lhe eu mantendo o dedo no botão do vidro não fosse entretanto o velhote passar-se. Nunca fiando.
Ele: Nããão posso! E põe a mão na boca de espanto!
Eu: Pois é... - respondi eu a olhar para o lado a ver se a minha colega vinha rápido.
Ele: É que não parece nada... deve ser genético talvez... a sua mãe também devia parecer nova durante muitos anos. Talvez seja a sua tez que é branca mas nao é copo de leite é mais leite com uma pinga de café e a sua estatura é de uma falsa magra
Eu (WTF???): Uma falsa magra?  Pois... gordinha LOLOL (já morta de riso e só a pensar... Rosario vem depressa que eu já me estou a passar)
Ele (mudando de assunto pois deve ter percebido que não gostei muito do falsa magra): Mas vai fazer os 39 este ano?
Eu: Sim. Em Dezembro.
Ele (mais uma vez a por a mão na boca de espanto): Ahhhhh a serio? Não posso... Antes do dia 21 de Dezembro não? É que só poooode ser sagitario...
Eu: Sim. dia 9
Ele: Que giiiiiiiro!!!! soltando um gritinho
(às tantas chega a minha colega e eu aproveito a deixa para dizer que tenho de ir)
Ele: Diz ele... que giro dia 9 tenho mais duas amigas que fazem anos a 8 e a 12 e agora uma que faz a 9.
Eu (?????): Pois... Tenho de me ir embora
Ele: Ohhh! Que pena não poder conhece-la melhor... foi um encontro muito..... efêmero. Foi um prazer conhece-la. Tenha um bom dia!
Eu: Bom dia para si... e arranco a rir a gargalhada mais a minha colega que apanhou a conversa a meio e estava incrédula com a situação

E esta einh? Só visto mesmo... há cada maluco!

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Deve estar algo muito bom reservado para mim... só pode!!!

Hoje, ao deixar os meus pipoquinhas no colégio, estacionei o carro na rua em frente ao colégio onde costumo deixar sempre pois às 9 da manhã é hora de ponta no parque e, como é apenas para deixar os miudos no colégio, dar 4 beijos e voltar, acabo por estupidamente (agora sei), deixar a mala no carro (com ele fechado obviamente). Tudo isto leva-me uns... 2 minutos. Ir e voltar.

Só que hoje, quando voltei dei de caras com o seguinte cenário: vidro do lado do passageiro feito em cacos e... cadê a mala? Pois... a mala meus amigos... já era. E com a mala foi toda a minha vida. Cartões multibanco, BI, contribuinte, cartão de utente, cartões de desconto, cartões de lojas, telemóvel (2), máquina fotográfica (sim, também), um relógio da swatch que precisava de uma bracelete nova mas estava bom, uma pen, uma bolsa de maquilhagem com tudo o que uma mulher precisa, porta moedas (aqui tiveram azar pois estava vazia), documentos do carro, carta de condução, enfim... TUDO!!! TODA a minha identidade foi-se.

Tremi que nem varas verdes a olhar para o espétaculo. Olhei em volta e toda a gente continuava a passar como se nada fosse, como se nada tivesse acontecido. Mas ninguém reparou? Ninguém viu nada??? Será possivel?

Entrei no carro e no meu lugar a muito custo pois havia vidros espalhados por todo o lado e dirigi-me até ao café onde estava o JP. Quando o vejo, nem lhe dei tempo para tomar o pequeno almoço. Pedi-lhe ajuda e fomos para a esquadra participar o crime. Na esquadra super simpáticos (fossem todos assim). Fiz a participação que não vai dar em nada pois estamos num pais em que os ladrões imperam, cancelei cartões e segui para o trabalho de mãos a abanar num carro em que á medida que andava caiam mais vidros. Senti-me completamente impotente. Completamente nua sem nada.

Filhos da mãe dos ladrões. Já no trabalho o meu colega ajudou-me e foi limpar os vidros do carro. Nisto, encontra um FDP de um brinco. Sim. Um brinco. Ainda me perguntou se era meu. Não não era. Nem de nenhuma das minhas colegas que andam no carro. Ou seja... era da ladra! Se isto fosse um filme ou uma série policial, agora sacava do brinco, apresentava na policia de onde tiravam impressões digitais, ADN, etc e identificavam a ladra que me estragou o dia, aliás vários dias e me roubou mto mais do que dinheiro. Roubou-me tempo, roubou-me o meu telemóvel com fotos de momentos com os meus filhos que não se vão repetir, roubou-me parte de mim. Mas como isto não é um filme mas a vida real, aqui os ladrões saem impunes e quem se lixa sempre é a vitima.

Depois de tudo o que me/nos aconteceu no ultimo mês e que eu não conto aqui nem a missa a metade, só tenho algo a dizer mesmo. Deve estar algo de muito bom para me acontecer!!!


terça-feira, 15 de outubro de 2013

Orgulho de ser filha de quem sou

O meu pai era / é um homem austero, exigente com ele próprio mas principalmente com os outros, comigo. Lembro-me que quando era miuda e tinha o azar de trazer um satisfaz para casa, levava logo com um "hás-de levar um lindo enterro" porque para ele, satisfaz ou suficiente não era nota que se apresentasse. Eu detestava que ele me dissesse isso mas isso fazia com que eu estudasse ainda mais e quisesse ser ainda melhor do que era. Nunca fui uma aluna brilhante, tinha sempre de estudar que nem uma louca para conseguir uma nota melhor que um satisfaz. E tinha os meus azares por isso de vez em quando nem o satisfaz atingia. Nessa altura até tinha medo de chegar a casa pois apesar de nunca me bater, a pressão e a desilusão dele era tanta que o meu coração apertava de tal maneira que logo que chegava à porta não conseguia evitar derramar rios de lágrimas, mesmo sem ele abrir a boca.

Na altura eu não gostava. Na altura eu reclamava. Na altura eu chorava, gritava, reclamava que não podia ser assim. Virava-me para a minha mãe pois só ela me compreendia. As mães são diferentes, pensava eu. Mas não era diferente. Era igual. Apenas a maneira de reagir e de me fazer ver as coisas era diferente. Os objetivos esses, eram de ambos. Que eu fosse a melhor que conseguisse ser.

Esta atitude de ambos que repito, eu não gostava, fez-me crescer. Fez de mim a pessoa que sou hoje. Lutadora e vencedora. Sim, sim... sou uma vencedora. Posso não estar a fazer exatamente o que gostaria de fazer em termos profissionais neste momento mas estou no melhor cargo para o qual me fartei de estudar e batalhar. Sim, sou uma lutadora e uma vencedora que não teve uma vida fácil e que nunca teve nada de mão beijada. Uma lutadora e uma vencedora que trabalha desde os 19 anos porque nunca quis depender de ninguém para nada. Uma lutadora e uma vencedora que mesmo em termos pessoais já passou por muita coisa, algumas coisas que me podiam ter dado para uma depressão valente, mas não. Levantei a cabeça e o meu nariz, respirei fundo e segui em frente sem olhar para trás. 

Uma lutadora e uma vencedora que sabe respeitar as outras pessoas, que gosta de honrar os seus compromissos, que detesta falsidades e mediocridades, que detesta falta de educação e faltas de respeito. E também tenho muitos defeitos. Toda a gente tem. São os mesmos defeitos provavelmente que eu apontava ao meu pai também. Defeitos com os quais nós aprendemos e que quem nos rodeia aprende a viver com eles. Porque eles existem e sempre vão existir. Muitas vezes, os defeitos de uns, são virtudes para outros. E eu aprendi assim. Aprendi que tudo na vida tem dois lados. A minha própria vida profissional gira à volta de balanços com proveitos e custos, prós e contras. Porque foi assim que me ensinaram a ser. Foi assim que os meus pais me ensinaram a ser. E é assim que eu também pretendo ensinar os meus filhos. Com esses valores, com essa perspectiva de vida. Porque a vida não são rosas e porque é preciso batalhar mas também é preciso ponderar e avaliar cada atitude que tomamos para termos a certeza que estamos a tomar a atitude certa. E porque assim, avaliando, ponderando... estamos mais preparados para as adversidades da vida.

Foi assim que os meus pais me ensinaram. Foi assim que eu aprendi. Foi assim que eu, com a minha personalidade lixada também, decidi que construiria a minha vida. 

Posso levar mais tempo a concretizar as coisas, a arriscar, mas quando o fizer, faço-o de plena consciência. E assumo os meus erros se tiver de errar. Porque foi assim que os meus pais me ensinaram. E ainda bem que o fizeram!

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Doida por séries

Este é o nosso novo vicio. Já vai na 5ª temporada mas só agora o JP o descobriu. De imediato sacou todas as temporadas anteriores e ainda bem que o fez. O Breaking Bad conta a historia de um professor de liceu de Química super inteligente e muito mal aproveitado, que um dia se vê com um diagnóstico de cancro nos pulmões sem grande esperança de vida. Nessa altura, com o objetivo não só de pagar um tratamento que a família o obrigou a fazer mas também com o objetivo de deixar a família com dinheiro suficiente para viver depois de morrer, associou-se a um drogado que cozinhava metanfetaminas para juntos, dominarem o mundo das drogas pois com os seus conhecimentos de Química avançada conseguiam cozinhar a melhor metanfetamina de sempre. A série está fantástica com um humor brutal sem nunca cair no ridículo (o JP diz que há muito não me via rir com gosto numa série). Os personagens são excelentes, cada um com o seu próprio sentido e cunho.

Vimos a 1ª temporada em menos de uma semana, avançámos para a 2ª e folgo em saber que ainda tenho mais umas 3 temporadas à minha frente.

Hoje vi este post no blog do Arrumadinho que resume melhor que ninguém estas personagens. Algumas ainda não conheço pois são das temporadas seguintes mas estou ansiosa por as conhecer.

A par deste novo vicio, continuam os episódios de Revenge e Homeland que nunca decepcionam.



quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O Batizado do meu afilhado


No meio do caos em que de repente ficou a nossa vida depois da noticia que recebemos acerca da nossa casa, houve várias coisas boas e uma delas foi o batizado do Francisco, meu afilhado lindo.

Foi a primeira vez que fui madrinha e com muito orgulho pois não há ninguém neste momento de quem eu gostasse mais de ser madrinha, se não do filho da minha melhor amiga.

A Rita fugiu ao habitual e fez um almoço de batizado com o conceito cada um paga o seu, sem a obrigatoriedade de dar presentes pois o que ela queria mesmo era ter as pessoas mais importantes da sua vida e do Francisco ao seu lado num dia tão importante como este. Apesar disso, eu como madrinha não quis deixar passar esta data sem dar um contributo e presente meu. Resolvi então dar-lhe o conjunto da vela, toalha e concha para o batismo. Achei que era o presente ideal para uma madrinha dar.

Depois de pesquisar bastante encontrei o site  Carmo Noivas Bijuteria. Tinha coisas lindas e ainda por cima tudo em promoção. Apaixonei-me de imediato por um dos conjuntos e depois de mostrar à Ritinha e dela ter aprovado, fiz então a encomenda.

Em menos de nada tinha o conjunto aqui comigo, lindo, lindo.

O Batizado foi girissimo apesar da chuva torrencial que todos apanhámos e o almoço foi muito bom, no restaurante Kottada. O menu era simples mas farto e muito saboroso com entradas, 3 pratos principais e variadissimas sobremesas. O bolo de batizado ficou por conta da Miminhos com Açucar e estava muito saboroso e muito bonito.

O Francisco portou-se que nem um rei e nem uma ameaça de bronquiolite o fez afastar a boa disposição.

Espero não desiludir o Francisco e ser uma madrinha à altura do meu afilhado.




quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Vendo a minha casa!!!

Em 2011 vendemos a nossa casa no Parque de São Domingos com o objetivo de mudarmos de vida. Mudámo-nos para a outra margem, para perto da praia e do campo e foi o melhor que fizemos. Acontece que a venda da casa decorreu numas circunstâncias muito especiais. Foi feito um contrato promessa compra e venda que implicava uma entrada e um reforço de sinal mensal até Maio de 2014, altura em que seria feita a escritura. 

Tudo a decorrer normalmente durante 2 anos, estávamos descansadíssimos e nem pensámos mais na casa. Para nós estava vendida.

Eis se não quando a semana passada recebemos com surpresa uma carta da advogada dos promitentes compradores dizendo que já não desejavam concretizar a compra e que por isso queriam rescindir o contrato. Nós dissemos que sim senhora desde que, pagassem o resto do sinal contratado pois assim remete o contrato assinado por ambas as partes. Foi aí que tudo descambou. Ele não quer pagar mais nada e por isso entrou em incumprimento do contrato. Já acionámos um processo judicial contra o promitente comprador mas, enquanto esperamos que se faça justiça ficamos com 2 empréstimos jeitosos de duas casas para pagar.

Rapidamente colocámos a casa à venda a um preço fabuloso para quem comprar. Neste momento queremos é ver-nos livres deste encargo que nos caiu nas mãos de um momento para o outro.

A casa está à venda por 280.000 euros negociáveis, é uma penthouse T4, cobertura num 5º andar com um terraço fabuloso à volta no Parque São Domingos em São Domingos de Rana. Está muito bem avaliada no banco o que é uma mais valia para quem vai comprar tendo em conta os entraves colocados pelos bancos nos últimos tempos.

Podem ver mais descrições aqui:




Ou aqui:


Muito agradeço aos meus leitores se puderem partilhar esta informação pelos vossos contactos.

 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Não... isto não é um blog sobre doenças

Mas que neste momento parece, parece....

Então não é que eu, que estive mais de 20 anos sem uma amigdalite, este ano já fui brindada com duas???!!!

Ora toma lá...

E que as amigdalites são uma coisa para lá de brutais. Ele é febre, não conseguir engolir sequer a propria saliva e desta vez até direito a uma crise de falta de ar eu tive (outra coisa que já não tinha há anos!) Era ver-me a mim, no terraço à noite, a arfar cheia de pieira e a tossir que nem um cão depois de uma bombada de um ventilan fora de prazo que tinha perdido lá na gaveta, tal era o tempo que eu felizmente não mexia naquilo.

E o JP depois de me ter andado a chatear o dia inteiro, a dizer que eu não fazia nada em casa e que estava para ali a morrer (estava realmente e literalmente num estado de semi coma) e inclusivamente ter nesse dia se lembrado de agarrar num balde de tinta e rolo de pintura e me ter chamado (e ralhado) por o não ter ido ajudar a pintar o quarto e muro de casa, finalmente ter engolido em seco e realizado o quão mal eu de facto estava!!!!! Hellooo???

A sério? Dá para deixar de ser criança? Já o meu homeopata diz que tudo o que eu tenho são doenças de criança... Mas será que os micróbios não vêm que eu já tenho idade para ter juizo? 38 anos já não sou nenhuma criança porra!

Vantagens da amigdalite? Ora que depois de 2 dias sem comer, nem beber, nem ter fome, as minhas calças de ganga que costumam estar justinhas, justinhas, apresentavam uma folga de quase 2 dedos na cintura. IUPIII

E pronto, depois de mais esta... agora chega não? (E agora é que vem aí o inverno.... ups...)

terça-feira, 17 de setembro de 2013

A minha urticária

Estava eu aqui a pensar que, por um lado me apetecia escrever sobre qualquer coisa, por outro não sabia muito bem sobre o quê, até que de repente me lembrei que ainda não tinha dado novidades aqui sobre a minha urticária e eu gosto / quero / preciso registar esta situação porque posso precisar mais tarde.

Então vamos a factos: No dia 15 de Agosto de noite (quinta feira) apareceu-me uma crise de urticária como a de há 3 anos. Comecei a tomar dois comprimidos de cortizona pensando que podia ser uma reaçãozita qualquer passageira. Passou... resolvi fazer o "desmame" da cortizona rapidamente porque detesto tomar estas coisas e ao mesmo tempo fazer tratamento homeopatico. O meu homeopata recomendou-me as tais bolinhas (sempre diferentes para cada doença) parando com as atuais e nesse fim de semana comecei a reduzir a cortizona, parando na 2ª feira. Sabendo que com a urticária nunca podemos dar pulos de contente, fiquei feliz por na 3ª e 4ª e 5ª não ter nada mas foi uma felicidade contida. Algo me dizia que isto não ficava por aqui. Na sexta feira comecei a trabalhar e... para grande infelicidade minha, a dita voltou. Voltou em força de uma maneira como eu já não me lembrava (as coisas más nós tentamos esquece-las rapidamente, não é?) Pois é... coincidiu com o facto da minha mãe estar lá em casa e quando me viu chegar num estado completamente lastimável, com as pernas, barriga e braços em completa chaga,  com olhos de quem só lhe apetecia era chorar, chorar e chorar de dor e comichão, disse-me... vou já 2ª feira comprar-te um xarope de aloé vera que eu e o teu pai estivemos a tomar há uns tempos e que te pode fazer muito bem. Era o xarope de aloé vera dos frades franciscanos que só existe em alguns conventos e que os meus pais descobriram há uns tempos. Eu só queria que a urticária se fosse embora de uma vez e queria deixar a porcaria da cortizona e pensei que aquilo mal não me faria. Falei do xarope a várias pessoas que já o tinham tomado e diziam realmente coisas muito positivas dele. Disse logo que sim, que fosse comprar rapidamente e ao mesmo tempo, descobri nos meus emails a dosagem da cortizona que tomei na altura da minha ultima grande crise. Decidi por minha conta e risco fazer o tratamento de cortizona porque achei que de outra maneira, andar a tomar cortizona esporadicamente não ia combater o mal.

Passados 12 dias de cortizona com o respetivo desmame, a urticária desapareceu. Continuei a tomar o xarope de aloé vera e a tomar a homeopatia e até agora 1 mês depois da crise, desapareceu. Não faço ideia se definitivamente se por quanto tempo porque a urticária crónica é mesmo assim. Aparece sem que nada a faça prever e desaparece... bom, se calhar não desaparece mas camufla-se por tempo indeterminado.

Stress? Ansiedade? Qualquer coisa a fez despoletar. Eu aposto na ansiedade de voltar ao ritmo de trabalho e emprego que tenho. Todas as minhas crises foram em alturas em que estava particularmente ansiosa (negativamente, claro). Coincidência ou não... Não sei. Talvez nunca saiba...


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Os livros escolares

 Hoje no ginásio, falávamos de livros escolares e eu, ainda chocada com o facto de ter 13 livros para cada um dos meus filhos, comentei com as minhas colegas que achava uma loucura e tal e tal e que ainda por cima não davam de ano para ano e bla bla bla, pardais ao ninho e que ainda por cima também eram diferentes de escola para escola.

Quando eu digo isto, uma das minhas colegas muito espantada pergunta: Como não são iguais para todas as escolas? Então o plano pedagógico não é o mesmo? Os exames nacionais não são iguais para todos? Como é possível haver livros diferentes de escola para escola? A incredulidade dela era tanta que me colocou a mim mesma com duvidas e quando cheguei ao trabalho, fui visitar mais uma vez o blog da minha amiga Maria que há uns tempos tinha colocado lá a imagem dos livros que tinha comprado para a filha, também no 1º ano.

Confirmou-se. os livros eram totalmente diferentes. Ora que no privado haja fichas de avaliação, fichas de trabalho, oficinas de trabalho, etc e tal ainda percebo. percebo que no publico sejam mais limitados e tenham como obrigatórios apenas os livros base, mas daí até os próprios livros base serem diferentes?

Acho mal. Acho mal pronto e francamente não sei se me convencem do contrário. Interesses das editoras? Ora raios partam as editoras... sempre houve varias editoras, já no meu tempo e no meu tempo TODA A GENTE tinha o PAPU 1, 2, 3 e 4. 

Depois o meu irmão 6 anos mais novo teve outro livro mas vou jurar que era o mesmo para TODAS as escolas (publicas ou privadas). Quando é que de repente isto passou a ser uma anarquia? Uma escola apetece-lhe adotar um manual xpto e pronto? Não percebo. Eu já me tinha apercebido mas confesso que até ter conversado sobre isso nunca me tinha questionado. Numa época em que tanta gente tem dificuldades em comprar livros, não seria melhor uniformizar tudo? Cada editora submetia os seus manuais a concurso e aquele que ganhasse era o manual adotado para todas as escolas. E de x em x anos então, mudavam. Também não percebo o porquê de mudar de manual todos os anos. Alguém me consegue explicar isto como seu fosse muito burra?

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Nós e a bricolage mais uma vez


E que bonitas ficaram as secretárias dos meus filhotes não foi?

E o trabalho que isto deu a montar? Pois... Fomos comprá-las ao IKEA a semana passada, já eu andava de olho nelas há imenso tempo. Ainda pensámos em mandar entregar em casa com montagem mas ia encarecer as mesas para quase o dobro delas, então achámos que não podia ser tão dificil assim.

Cada mesa tinha duas partes, a secretária propriamente dita e as prateleiras e quadro de cima. Como já sabem o meu jeito para bricolage é praticamente inexistente. Eu e o martelo, decididamente não fomos feitos um para o outro, então quem ficou responsável pela montagem foi o mestre JP sendo que eu ficaria responsável por ler as instruções de montagem e transmitir-lhe corretamente os procedimentos. Tenho que admitir que desta vez nem nessa parte eu estive bem e enganei-me uma quantidade de vezes nos sítios onde ele devia colocar os parafusos e por isso não me livrei de umas quantas bocas foleiras. Por isso mesmo, as secretárias foram montadas muito lentamente. Um dia uma, uns dias de descanso depois outra e as partes de cima estiveram até ontem por montar porque o JP não estava para isso (pudera com uma ajudante como eu, compreendo perfeitamente).

Então, no domingo, enchi-me de coragem e esventrei os cartões onde estavam as partes de cima para ver se percebia alguma coisa daquilo e depois de algum tempo (bastante) a estudar as instruções, aventurei-me na bricolage sozinha para espanto do JP que quando se apercebeu fingiu que nem me estava a ver.

Devo dizer que avancei porque aquilo era realmente uma cagada. Fácil... fácil... fácil... ainda assim, quando foi para juntar as prateleiras à mesa tive de pedir ajuda ao mestre. Não por ser difícil mas porque era preciso um bocadinho mais de força do que aquela que eu despendia, para aparafusar as duas partes.

O resultado final foi fantástico. Adorei e os miúdos deliraram. Adoraram as mesas, as cadeiras e os acessórios que comprei como os candeeiros e os protetores de secretaria. Até dá gosto estudar assim. Até eu fiquei com vontade de voltar a estudar com uma mesa assim (depois passou-me rápido).

Estou muito orgulhosa da nossa escolha e do nosso trabalho. Valeu a pena. Agora espero que a estimem porque ela é para durar uns aninhos.


sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Compras online super baratas - Não, obrigado!

Não sou fã de compras online, pelo menos para mim. Já comprei várias coisas online mas regra geral nunca fico totalmente satisfeita. Ou é largo demais ou justo demais, ou a forma não me fica bem ou o tecido não presta. Têm sido raras as boas coisas compradas online. Antigamente ainda fazia bastantes compras na Vertbaudet para os miudos (talvez dos poucos que nunca me enganou e sempre me deixou feliz), mas ultimamente nem isso tenho feito. Já o JP, é fã de pechinchas na internet. Ou melhor... era, até ser enganado uma, duas, três vezes.

A ultima vez foi com o site do showroomprive , um site que diz que oferece roupa e artigos de marca, muitos com mais de 80% de desconto. Quase oferecidos portanto. Andava louco com os descontos no site. Todos os dias depois da meia noite quando saiam as novidades do dia, lá andava ele a saltitar de marca em marca para ver os descontos e depois mostrava-me: "-olha esta camisola tão gira com 90% de desconto!" olha isto! olha aquilo! Eu ficava de boca aberta com os descontos fabulásticos mas nunca me deu na maluqueira para comprar. Talvez porque ando a evitar compar roupa por causa dos Kgs a mais, talvez porque em tempos de crise só compro de facto o que me faz falta, não sei. Mas nunca avancei para a compra. Até que, começaram a aparecer coisas para os miudos. E se quando é para nós, evitamos ao máximo gastar dinheiro, quando se trata dos nossos filhos é mais dificil dizer que não.Até porque a roupa a eles faz-lhes sempre falta. E assim, com o meu aval, começámos a comprar no showroomprive.

A primeira compra foram 2 camisas brancas de marca muito giras que pensámos logo serem para usar no batizado do Francisquinho. Ao mesmo tempo que esperávamos que chegassem, comprámos 2 pares de tenis muito loucos tamanho 30 para os miudos e o JP ainda fez uma compra de um Bluetooth da apple todo xpto para o carro.

O tempo passou e as camisas chegaram. Camisas?????? Pois, eram duas sim senhor. Mas SÓ veio UMA!!! Fizemos logo a reclamação, disseram que tinha havido ruptura de stock e devolveram-nos o dinheiro. Tudo bem, ao menos isso mas se dissessem que só havia uma eu não tinha comprado nenhuma! (Normalmente estas coisas gosto de comprar igual ou parecidas)

Passado uns dias vieram os tenis. TENIS????? Eram 2 senhores!!! E tamanho 30!!!! Porque raio enviaram UM par de tenis TAMANHO 28??? Se eu pedi o 30, porque raio enviaram tamanho 28???? É estarem a gozar com o comprador!!! Eu acho. Acho uma falta de profissionalismo incrível. De que serve haver preços baixos se é para enganarem os clientes? Que é que ganham com isso? Nada! só perdem porque obviamente nós não quisemos o tamanho 28 que não nos serve para nada. Mais uma vez vamos devolver e reembolsam-nos o dinheiro. Tudo bem, somos reembolsados mas entretanto disponibilizámos o dinheiro que podia servir para outras coisas. Acho mal.

Como se não bastasse, o bluetooth da apple que o JP comprou, era um bluetooth do chinês. Ou se não era parecia.

Resultado, das compras que fizemos NEM UMA correu como desejávamos. Showroomprive nunca mais!

Aventuras da madrinha #1

Lá no outro blog do "Era uma vez..." expliquei que vou ser madrinha pela primeira vez. Foi uma noticia que me deixou imensamente feliz, principalmente por ter vindo de quem veio, uma das minhas melhores amigas, a Ritinha. Se há coisa que quando soube que a Ritinha estava grávida, desejava do fundo do coração era ser madrinha deste bebé. Porque é o seu primeiro bebé, porque sei o quanto era desejado e porque a Ritinha é para mim uma irmã. Por isso, quando ela me convidou no dia em que fiz 38 anos, foi para mim a maior prenda de anos que ela me podia ter dado. 

A única grande pena que tenho é que ela não viva aqui ao meu lado. Mas para estarmos presentes na sua vida não precisamos de morar mesmo ao lado. E afinal de contas, o que são 50 Kms quando há familias afastadas por um oceano?

O batizado já está marcado. Vai ser dia 28 de Setembro. Revivi nos últimos dias tudo o que passei quando resolvi batizar os meus pipoquinhas. Ainda agora estive a ler no blog pessoal deles as aventuras para os batizar. Então é assim. Uma das coisas que me tinha chateado quando batizei os meus filhos, foi a exigencia que faziam para serem madrinhas ou padrinhos. A madrinha e padrinho supostamente têm de ser batizados (compreendo), ter a 1ª comunhão(aceito) e serem crismados (aqui depende das igrejas), MAS também para serem padrinhos ou madrinhas só podem ser solteiros (tudo bem) ou casados pela igreja (What?). Mais, uma vez tendo sido casados pela igreja mas divorciados, bem que podem ter o crisma que deixam de ser aceites como padrinhos (WHAT????) Mais ainda... mesmo que não tivesse casado pela igreja mas fosse divorciada e a pessoa refizesse a sua vida e viver em pecado (união de fato), também não podia ser madrinha ou padrinho. Esta é de fato a regra mais estúpida (perdoem-me os crentes) da igreja. Ora francamente, uma pessoa tem lá culpa de não ter acertado à primeira no seu marido ou mulher???? Tudo bem que fazemos aquelas promessas da saúde e doença, alegria e tristeza até que a morte nos separe mas caramba. Ás vezes não dá mesmo. Uma pessoa não deixa de acreditar em Deus ou fica descredibilizada perante Deus por procurar ser feliz noutro lado, com outra pessoa. Esta é a minha opinião. Acho uma estupidez incrível fazerem disto regra para sermos padrinhos. Isto não é uma coisa que se escolha. Eu não escolhi divorciar-me. Aconteceu... como pode acontecer um acidente qualquer. Uma pessoa não se divorcia por dá cá aquela palha. As pessoas cometem erros. Eu percebo a historias dos sacramentos e o casamento ser um sacramento e tal, mas não há tanta gente de fé que escolhe nem se casar e portanto não fazer esse sacramento? Isto não pode nem deve ser uma coisa obrigatória. Não faz sentido nenhum que o seja.

Perante isto tudo eu, divorciada com a minha vida refeita e bem refeita, mãe de 2 putos lindíssimos batizados que até gostaria de coloca-los na catequese para aprenderem um pouco mais sobre esta fé, vejo-me perante a possibilidade de não poder ser madrinha do meu Francisco porque sou... divorciada.

Tendo eu já batizado os meus miúdos, sabia que isto não podia ficar assim. Felizmente a Ritinha depois de conversar com o padre da paróquia, lá conseguiu que me aceitassem como madrinha de coração. Sim. Gosto do nome. Melhor do que testemunha como chamaram ao meu irmão. No entanto, mais uma vez, uma nova imposição, que frequentasse uma reunião de preparação de batismo. 

Como sabia (já tinha visto no batizado dos meus miúdos), que a reunião podia ser em qualquer paróquia, decidi fazer na minha. Felizmente era só uma. Tive a sorte de ter ido lá, precisamente no dia em que ia a haver reunião de preparação para pais e padrinhos. A reunião era as 20 horas. Uma hora verdadeiramente chata para estas coisas. Há coisas que realmente não entendo. Todas estas pessoas têm bebés e filhos, ou não estariam lá. Vão marcar estas reuniões para a hora de jantar? Coisa estranha realmente. Enfim, lá ouvi eu todo o processo de batismo, que até foi bom pois foi igual à ultima reunião de preparação que tive na altura dos miudos em que não tinha entendido nada por ser demasiada gente numa sala pequena, com imenso calor e uma pessoa que falava baixinho e não explicava com entusiasmo nenhum. Este diácono, devo confessar que foi um espetáculo. Apesar de ter demorado mais do que ele me tinha dito (demorou 1h30), foi uma reunião super interessante. Ele falava de um modo verdadeiramente entusiasmante e sabia explicar mesmo bem todos os conceitos. Admito que não me lembrava de metade das coisas. Sabia obviamente o que tinha de fazer como madrinha mas agora sei os porquês de o fazer. As vezes também pormenorizava demasiado e dispersava um bocadinho mas também era eu que estava impaciente por estar ali a uma hora que não me era nada conveniente e que queria era despachar. Se calhar se fosse lá sem pressões, seria melhor.

E pronto, lá saquei a declaração no fim da reunião e estou oficialmente preparada para ser madrinha do Francisquinho.



quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Um bom filho a casa retorna

Já dizia o ditado da minha avozinha.

Cá estou eu outra vez neste pequeno grande espaço que me acompanha há bastantes anos (não sei quantos, mas já vou ver).

Onde ficou o Era uma vez..., os meus projetos, etc? Porque ando a viajar de blog em blog? O que é que eu realmente ando a fazer e para quê?

Meus amigos e leitores, vou tentar explicar o que se passou.

O "Era uma vez..." era uma tentativa de iniciar um projeto que estava na minha cabeça, que se fosse para a frente, passaria a ser um projeto de vida e portanto um blog bem diferente deste dos pequenos nadas. Mais uma maluqueira da minha cabeça, pensam algumas pessoas. Talvez. Quem me conhece sabe que não gosto de estar parada e para mim, parar é morrer. E com isto não significa que não tenha trabalho. Tenho e muito graças a Deus, mas a minha cabeça precisa de mais. Mais estímulos, emoções. Uma vez fui a um astrólogo, há muitos anos, que me perguntou: "Que raio está a fazer na área financeira? Você precisa é de viajar, conhecer pessoas, falar, de um emprego ativo, interessante e inovador". Pois é. Falar é fácil mas a verdade é que foi por aqui que enveredei e até ver é onde fico. Mas é obvio que a minha mente não vê só números. Não acredito em astrologia e afins mas acredito que nós não estamos formatados apenas para fazer uma coisa (algumas pessoas poderão estar, mas eu não). E o "Era uma vez..." foi uma tentativa de lutar por um sonho antigo que era escrever. Eu sabia que era difícil se não impossível, mas quis tentar. Não desisti. Nunca desisto. Não posso. Se digo aos meus filhos para não desistirem não vou ser eu a faze-lo. Mas adiante: Porque fazer um novo e depois voltar ao antigo?

Uma palavra: URTICÁRIA! Ora estava eu muito bem no meio das minhas férias, ainda em pleno gozo, quando no dia 15 de Agosto, depois do aniversário da minha mãe, a meio da noite, acordo com o corpo cheio de comichão como se tivesse a ser devorado por formigas. Levanto-me e vou a casa de banho. Quando olho para os meus braços e pernas o meu coração parou por breves segundos. NÃOOOOOOO pensei eu. Não pode estar a voltar a acontecer. Enfiei 2 comprimidos de rosilan 30 mg no bucho, enchi-me de creme e deitei-me quieta com o corpo em chamas de vontade de coçar. Quando acordei, as borbulhas e a comichão tinham passado mas eu sabia que seria apenas momentaneamente. Que a minha luta contra a urticária crónica estava prestes a voltar. E foi nesse dia 16 de Agosto de manhã que me lembrei deste blog. Quis saber quando tinha tido a ultima crise para poder pesquisar o que fiz na altura. E descobri. Pois tinha a certeza que tinha registrado aqui o meu drama. Foi precisamente há 3 anos atrás. Tinha todo o meu historico neste blog, como se fosse um diário de registros médicos. Tudo o que passei, o que senti e o que estava prestes a sentir novamente. Todo o drama e o horror de ter uma urticária crónica de causa desconhecida.

Foi aqui que registrei um tema tão pessoal e importante para mim. Aliás, eu diria que o mais importante de um blog é o registro médico do que vamos tendo, dos sintomas, das soluções. Já o blog dos meus filhos é a mesma coisa e por isso mesmo pouco antes das férias decidi retomá-lo. Um blog vale, não pela importância e interesse que tem para os leitores mas sim, pela importância que tem para mim própria. E na verdade, descobri o quão importante os pequenos nadas é para mim.

Hoje, depois de 12 dias a cortizona tal como há 3 anos atrás, espero ansiosamente que a urticária se tenha ido embora novamente, seja por mais 3 anos ou ainda mais, quiça para sempre. Duvido. Ela ainda anda por cá. Agora sem cortizona, apenas com homeopatia e uma mezinha de que vou falar mais a frente. Vamos ver se a dita vai dar uma curva.

Portanto meus leitores e Rita que me lês mais tarde, desculpem lá qualquer coisinha e cá vos espero, na minha casinha de antigamente. Os pequenos nadas da MINHA vida!