quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

40 anos da minha amiga Cláudia

No dia 23 de Fevereiro a minha amiga Claudia fez 40 anos. Conheci a Claudia há 13 anos quando mudei para o emprego que tenho atualmente. A Claudia era na altura a única pessoa que tinha a minha idade e apesar da empatia não ter sido imediata, quando nos começámos a conhecer melhor verificámos que apesar de sermos muito, muito diferentes havia qualquer coisa na nossa relação que nos aproximava. Quando demos por nós, eramos as melhores amigas e companheiras. A Claudia era uma miuda bem disposta, que conhecia meio mundo literalmente, super extrovertida, vaidosa e muito orgulhosa de quem era. Eu era uma miúda mais low profile, estava no meu canto e os meus conhecimentos do mundo eram, comparados com os dela muito limitados. No entanto completávamo-nos uma à outra, pois eu era muito expontânea, gostava do risco e de arriscar e não pensava muito no amanhã, enquanto ela, apesar de tudo era muito mais ponderada que eu. No fundo abríamos ambas as portas uma a outra. Estávamos as duas sozinhas, não tinhamos filhos, ganhavamos relativamente bem, sem namorados na costa daí que o mundo era nosso. Faziamos o que entendiamos sem dar satisfações a ninguém. E o que nos divertimos!!!

A Claudia ajudou-me numa fase complicada da minha vida depois de uma relação falhada. Juntas passámos no Brasil em Porto Seguro os meus 29 anos porque meti na cabeça que não os queria passar em Portugal. Divertimo-nos imenso nessas férias. Foi um aniversário espetacular que nunca, mas nunca esquecerei.

Depois, a vida encarregou-se de nos separar fisicamente pois ela saiu da empresa e eu fiquei. E embora tivéssemos tido, como qualquer mulher que se preze os nossos altos e baixos na nossa relação, conseguimos sempre passar por cima e continuar a nossa amizade que espero sinceramente que se mantenha por muitos e longos anos.

Sei que a Claudia também cresceu muito comigo e mudou muito, tal como eu. De modos diferentes, não fossemos nós tão diferentes. Engraçado que ela ficou mais parecida com aquilo que eu era naquela altura, enquanto eu, talvez por ter sido mãe entretanto, fiquei mais ponderada. Julgo que hoje em dia somos as duas muito mais parecidas uma com a outra do que eramos há 13 anos atrás. A Claudia faz parte da minha vida e daquilo que sou hoje. Não sei se ela tem a mesma opinião sobre mim, mas calculo que sim e por isso digo-o sem pudores: Adoro-te miuda!

Relativamente à festa dos 40 anos... tenho tentado arranjar uma palavra que definisse a festa e resumidamente a palavra é: SURPREENDENTE.

Nunca, jamais em tempo algum, imaginaria uma festa destas organizada pela Claudia nos seus 40 anos. Porquê? Por todas as razões que descrevi acima. A Claudia nos seus 40 anos levou os amigos a levantarem-se cedo a um domingo de manhã para uma manhã de birdwatching no EVOA.  Se me dissessem que esta ia ser a festa dos 40 anos da Claudia eu ria-me e dizia que estavam a sonhar porque não tinha nada a ver com ela.

Enganei-me redondamente. Depois do choque inicial e no decorrer da visita comecei a olhar para a Claudia e a tentar perceber o que teria levado a Claudia a fazer a sua festa num espaço daqueles. Percebi. Estava ali um grupo de amigos e amigas a passear no meio da natureza com um dia absolutamente fantástico. Á nossa volta, além de nós só se ouviam e viam passarinhos. Tudo à nossa volta transbordava de pureza, de calma. Apesar de francamente birdwatching não ser a minha cena, sorri. Sorri de uma felicidade pura, de uma felicidade que vinha de cá dentro e que só quem a conhece bem como eu conheço e os amigos dela que estavam ali como eu a conhecem, conseguiram sentir. É isto que para ela são os 40 anos, depois de 40 anos muito bem vividos. E eu só tenho a agradecer por ela me ter na vida dela e me ter proporcionado esta calma no aniversário dela.


















Se eu faria a mesma coisa no meu aniversário? Não. Birdwatching não é mesmo a minha cena e estou convencida que os meus amigos se os convidasse para uma coisa destas eram capazes de me chamar maluca. A minha cena nos 40 vai ser bem diferente. Ainda não sei bem como, mas... ando com algumas ideias. Ir para o Brasil era bom e certamente inesquecível mas tinha de ganhar o euro milhões para levar as pessoas que foram importantes para mim ao longo destes 40 anos, por isso vai ter que ficar para uma próxima. Vamos ver.

Para já... parabéns Claudia pela coragem de fazeres uma festa destas, pela ideia que tiveste e por seres tu.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Let's party

E devagar, devagarinho começamos novamente a ter vida social. Não me estou a queixar. Na verdade, foram anos muito preenchidos em todos os niveis. Claro que sentia falta da minha vida social, de jantaradas com amigos, de dar um pezinho de dança. Estaria a mentir se dissesse que não. Mas, apesar de sentir falta, não havia muito tempo para me martirizar. E quando podia optar, ainda foram bastantes vezes que escolhi por opção própria não ir a esses jantares e convívios. Eu sabia que havia de chegar a altura em que devagarinho, voltaríamos a olhar para nós enquanto pessoas que gostam de se divertir em vez de apenas e só mães ou pais. E eu adoro estar com os meus filhos, atenção! Cada vez mais são uns companheiros de primeira. Mas, estar com o meu marido a conversar sem interrupções, rir e fofocar com amigos sem preocupações é uma coisa impagável. Nunca deviamos deixar de arranjar espaço para estes bocadinhos. 

Felizmente somos uns sortudos e sempre conseguimos de vez em quando usufruir de um espaço para nós pois os nossos pais foram sempre muito disponíveis para fazer de babysitters quando necessitávamos. Mas houve uma altura, entre os 3 e os 5 anos muito difícil. Os miúdos não adormeciam sozinhos sem nós, por isso se marcássemos alguma coisa tinha de ser sempre depois de estarem a dormir. Isso fazia com que não conseguíssemos marcar nada para horas decentes. Com a agravante que deixaram de querer ficar em casa dos avós, ou seja... o que quer que marcássemos teria de ser depois de adormecerem e tínhamos sempre de voltar para casa cedo pois se acordassem e não estávamos, era um filme inacreditável. Por mais do que uma vez, tivemos de jantar à pressa para ir para casa ter com eles pois tinham acordado e percebido que nós não estávamos.

Foram tempos difíceis em termos sociais e que tiveram as suas consequências. Agora que eles próprios também já têm a sua vida social (que até é maior que a nossa), já vão percebendo melhor as nossas saidas. Já não se incomodam de sairmos para jantar. Já não precisamos de esperar que adormeçam nem que jantem. A unica coisa que se mantém igual é a recusa em dormir em casa dos avós, mas nesse aspecto eu até sei qual é o problema.

De qualquer modo mesmo em nossa casa, eu e o pai trocamos de quarto com os avós e refundimo-nos no 1º andar sossegados. Eles também já acordam mais tarde, por isso conseguimos descansar.

Para tudo foi preciso uma estratégia... Foi e ainda é. Mas aos poucos vamos conseguindo. 

E assim, conseguimos ir à festa de aniversário da Helena no Onda Jazz no dia 31 de Janeiro. Conseguimos ir ao Sushic Mood com os nossos amigos N e C e depois ao Clube Knock Out no dia 7 de Fevereiro. 

Está ainda previsto o dia dos namorados dia 14 e a festa dos 40 anos da Claudia no dia 23 de Fevereiro.

Agora uma coisa é certa e disso não tenho duvidas... 39 anos já pesam no corpo de uma mãe de gémeos. O day after é algo muito, muito complicado. :) Mas vale a pena! E o que vale é que estas festas não acontecem todos os meses!