segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Fins de semana cheios

Como eu gosto...

Adoro fins de semana preenchidos, passados entre amigos, com sorrisos, brincadeiras dos miúdos, conversas que nunca mais acabam, boa comida, bom vinho. Adoro. Faz o fim de semana parecer ter mais do que 2 dias. É certo que a roupa por vezes fica por lavar, a casa fica desarrumada e fisicamente não descansamos nada, mas por vezes, mais importante que o cansaço físico é o cansaço psicológico e estes fins de semana são de uma enorme descontração.

E praticamente todos os fins de semana temos tido disto. Muito boa disposição. Está a ser maravilhosa esta nova fase e encontrar todas estas novas amizades, criadas incrivelmente pelos nossos filhos e que se alastraram aos pais. É uma felicidade que não tem explicação. Se por um lado, olhamos para os nossos filhos e vemo-los com uma alegria brutal a brincar com os amigos, por outro, nós pais, também estamos felicíssimos  porque estamos com os nossos (agora) amigos com os quais criámos grandes afinidades. E o tempo passa sem darmos por isso.

Os últimos fins de semana têm sido quase todos assim. Ando de coração cheio. Tão bom!



sexta-feira, 17 de outubro de 2014

A pensar na Festa dos 40 anos

Gosto muito de festas mas confesso que há muito tempo deixei de ter paciência para as organizar. Sou mais pessoa de ir a festas do que de organizá-las. Principalmente quando são festas para mim. Tipo, festas de aniversário. Daí que nos últimos 20 anos sou capaz de ter feito umas 2 festas de aniversário apenas. Tenho preferido juntar a família, ou até ir para fora do país nesta data.

Houve aniversários que, definitivamente, me marcaram. Um deles passado no Brasil, em Porto Seguro com a minha amiga Claudia numa fase muito difícil da minha vida e onde apanhei a maior bebedeira dos últimos tempos. Outro passado em casa com a minha família e 2 grandes amigas na altura, a Claudia mais uma vez e a Beta, numa outra fase de calma e tranquilidade da minha vida. E ainda outro aniversário passado em Amsterdão com o JP no nosso primeiro ano de namoro, depois de ter sido operada à cabeça devido ao hematoma do acidente. Mais recentemente, há 2 anos como fiz anos num sábado, decidi juntar toda a família e alguns amigos próximos num almoço que ficou marcado com o reencontro entre os meus padrinhos e os meus pais que não se falavam há mais de 20 anos.

Nos últimos anos, foram decididamente estes os melhores aniversários que passei e todos eles representaram algo especial, único e inesquecível.

Este ano, faço 40 anos e considero que 40 anos também é uma altura especial e que deve ser comemorada com rigor. Vou a Paris no fim de semana anterior aos meus anos, vou fazer anos a uma terça feira (uma porcaria de dia), o que quer dizer que no dia de anos vou juntar a família normalmente mas a festa em sim, a verdadeira festa dos 40 anos terá de ser no sábado a seguir.

E o que fazer na minha festa de anos quando se trata de um dia de inverno rigoroso? O que eu gostaria de fazer era uma festa na praia. Eu sou uma pessoa de praia, de calor, de Verão... nem consigo perceber como fui nascer em pleno inverno. A minha amiga Cláudia diz que sim, é possível fazer a festa na praia. O JP chama-me maluca porque pode estar um daqueles dias horrorosos e cinzentos. O que eu acho, é que da maneira como anda o tempo, até pode estar um dia de Verão no dia da festa.

De maneira que ando a ver... a pesquisar... a pedir orçamentos... Já recebi orçamentos em que me pedem o orçamento de estado da Lituânia para fazer umas coisas engraçadas. Já mudei de ideias umas 500 vezes e a pouco mais de 1 mês do grande dia estou completamente em branco.

Não sei mesmo o que fazer na minha festa. Tanta ideia gira que tenho e na volta não vou conseguir concretizar nada... É por causa destas coisas que detesto organizar as minhas festas!



terça-feira, 14 de outubro de 2014

Um mantra...





Sabermos quando chegou o fim de alguma coisa pode ser duro. Consciencializarmo-nos que não há volta a dar. Percebermos que, para nos levantarmos teremos de nos reinventar. A mudança por vezes é necessária. Dolorosa mas necessária. A nossa vida é feita de altos e baixos, alguns baixos quase que nos levam à loucura e ao desespero. Mas a vida é mesmo assim. E há que enfrentá-la sem medos. E com esperança que as coisas mudem para melhor. Esperança sempre. Se a esperança morre, nós morremos também. Porque a felicidade está à nossa espreita algures e por vezes só precisamos de abrir os olhos e seguir em frente. Ás vezes a realidade atual mata-nos, mói-nos, corroí-nos por dentro mas temos de ter forças para continuar o caminho. 

"Pedras no caminho? Guardo Todas, um dia vou construir um castelo."
Fernando Pessoa

Força R. Tu consegues...


quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Viver a vida a caminho dos 40 anos




A caminho dos 40 anos sinto-me cada vez mais realizada. Como pessoa, como mãe, como mulher. Sinto que aos poucos a minha vida vai voltando a sair do casulo em que se encontrava em banho maria desde que fui mãe. 

É natural. Ter filhos é uma missão que embora seja tremendamente compensador, é também extremamente absorvente e absorve-nos de tal modo que durante uns anos andamos meio abananados sem saber muito bem qual o nosso objectivo neste mundo além de criar os nossos filhos. No nosso caso esse sentimento foi ainda maior pois toda a nossa energia foi canalizada para 2 bebés que de repente vieram ao nosso mundo e que passaram a depender completamente de nós. E 9 meses não nos preparam para esta reviravolta das nossas vidas. Nem com o bebé mais doce e calmo do mundo, estamos livres da nossa vida parar durante um ou mais anos para vivermos para eles, mesmo que o façamos inconscientemente.

Mas estar no casulo também não é mau, por isso não falo nisto no sentido depreciativo da coisa. É muito estimulante vivermos cada dia, cada aprendizagem daquele ser tão pequeno e indefeso. A nossa vida não morre enquanto estamos no casulo. Estamos em constante aprendizagem também e a realizarmo-nos enquanto mães. É por isso que nunca ninguém se arrepende de nada nesta fase. Faria tudo igualzinho. É também por isso que as famílias continuam a ter mais filhos, o segundo, o terceiro e por aí fora. Porque o tempo de casulo nunca é tempo perdido.

Depois os filhos vão crescendo e nós vamos crescendo com eles... enquanto pais, enquanto marido e mulher, enquanto pessoas. Vamos tornando-nos pessoas cada vez mais ricas e cheias. E vamos conseguindo respirar um bocadinho mais fora do casulo, até porque os nossos filhos também vão eles próprios ganhando asas para sair do casulo. E o mundo cá fora continua igual, as pessoas mais velhas mas mais experientes, mais sábias, tal como nós. E aos poucos vamos nos reencontrando com tantos outros casais que ao mesmo tempo ou em tempos diferentes, também sairam do casulo. Outros amigos que continuam com as suas vidas boémias e outros que estão a experienciar neste momento a fase casulo.

Não me assustam os 40 anos, bem pelo contrário. Aguardo com expectativa por eles. Foram 40 anos muita bem vividos e com muito boas (e más mas produtivas) experiências.

Sinto-me feliz com a vida que escolhi. Com a pessoa que escolhi para partilhar a minha vida, com os amigos que me rodeiam, com os filhos que gerei.

Hoje, sou uma melhor pessoa do que era há 10 anos atrás e até do que era o ano passado. A isto se chama crescer... e não se pense que o crescimento acaba aqui.

A vida é uma constante aprendizagem que nos enriquece e nos faz crescer todos os dias.

E cada vez adoro mais viver!