terça-feira, 29 de novembro de 2011

Rubrica: Qual a musica que mais gostas? - Parte 1

Ultimamente quando estou no transito a ouvir uma das minhas radios favoritas, a Mega Hits, ponho-me a ouvir as musicas que passam e a pensar nas traduções delas. E verifiquei que há cada uma, pior que a outra. Se estiverem atentos, algumas musicas que fazem vibrar nas discos (digo eu que já há uns 6 anos que não vou a uma discoteca), são autenticas musicas pimba, apenas cantadas em inglês.

Eu gosto da Mega Hits, gosto. Mesmo com estas musiquinhas pimba, porque me fazem rir com as parvoices que dizem nas Mega Manhãs e porque sinto que assim me mantenho actual nas novidades musicais. Mas temos de admitir...que às vezes as musicas são mesmo muito más. E agora pergunto aos que gostam das que considero más. Será que não gostam de Tony Carreira, Micael Carreira ou Daniel Carreira? Ou Monica Sintra? Ou Agatha? Qual a diferença?

Assim vou iniciar aqui no blog uma rubrica Qual a musica que mais gostas? Vou colocar umas más, umas mesmo más, umas mais ou menos e umas mesmo boas, mas tudo actual. E vamos a votos... que tal. Gostas? Não gostas? Detestas? ehehe... Acho que vai ser giro.

E a primeira: Que eu acho má... MUITO MÁ! É esta:


Sexy And I Know It

When I walk on by, girls be looking like damn he fly
I pay to the beat, walking on the street with in my new lafreak, yeah
This is how I roll, animal print, pants out control,
It's real fool with the big F o
They like bruce lee rock at the club

Girl look at that body (x3)
I work out
Girl look at that body (x3)
I work out

When I walk in the spot, this is what I see
Everybody stops and they staring at me
I got passion in my pants and I ain't afraid to show it

I'm sexy and I know it (x2)

When I'm at the moss, purity just can't fight them up
When I'm at the beach, I'm in a speedo trying to tan my cheeks
This is how I roll, come on ladies it's time to go

We hit it to the bar, baby don't be nervous
No shows, no shirt, and I still get serviced

Girl look at that body (x3)
I work out
Girl look at that body (x3)
I work out

When I walk in the spot, this is what I see
Everybody stops and they staring at me
I got passion in my pants and I ain't afraid to show it

I'm sexy and I know it (x2)

I'M SEXY AND I KNOW IT...

Girl look at that body (x3)
I work out
Girl look at that body (x3)
I work out

 

Sou Sexy e Sei Disso

Quando eu passo, garotas olham e falam: caramba ele é estiloso
Eu faço por onde, andando pela rua com meu lafreak novo, yeah
É assim que eu mando, estampas de animais calças fora de controle,
É Red FOO, com FO maiúsculos
Eles gostam de rock Bruce Lee no clube

Garota, olhe aquele corpo (x3)
Eu malho
Garota, olhe aquele corpo (x3)
Eu malho

Quando eu chego no lugar, isto é o que eu vejo
Todo mundo pára e ficam me encarando
Eu tenho paixão em minhas calças e eu não tem medo de mostrá-la

Sou sexy e sei disso (x2)

Quando eu estou relaxando, a pureza não pode combatê-los
Quando estou na praia, eu estou de sunga tentando bronzear minhas bochechas
É assim que eu mando, venham damas, é hora de ir

Chegamos no bar, gata não fique nervosa
Sem exibição, sem camisa e eu ainda sou servido

Garota, olhe aquele corpo (x3)
Eu malho
Garota, olhe aquele corpo (x3)
Eu malho

Quando eu chego no lugar, isto é o que eu vejo
Todo mundo pára e ficam me encarando
Eu tenho paixão em minhas calças e eu não tem medo de mostrá-la

Sou sexy e sei disso (x2)

Sou sexy e sei disso...

Garota, olhe aquele corpo (x3)
Eu malho
Garota, olhe aquele corpo (x3)
Eu malho

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Querido Pai Natal

Tenho andado a dizer aos meus miudos que tu existes e que andas algures do Polo Norte e que vais trazer prendinhas no sapatinho para eles, se eles se portarem bem. Mas, já agora e como já deves ter ouvido falar, por aqui anda uma grande crise. Houve uns senhores que se lembraram de cortar nos subsidios de Natal e a malta agora tem de inventar uma forma de arranjar as coisinhas que gostava muito de ter. Como se não bastasse ainda vou fazer aninhos dia 9 de Dezembro por isso estive um ano à espera de receber prendas. Sendo assim, a lista é longa mas querido pai Natal... é tudo coisas que me fazem muita falta e queria tanto mas tanto ter... vê lá o que é que arranjas.

- maquina fotografica compacta cor de rosa Olympus VG 130: eu sei que tenho uma toda xpto mas essa é de trabalho. Passa-te pela cabeça o peso da máquina? Achas que é facil andar com uma daquelas no bolso? Tem dó. A conta disso tenho perdido imensos momentos das minhas crianças. E não está nada mal. Dentro do género até te arranjei uma das mais baratinhas. E sim... cor de rosa por favor. Eu até te digo onde podes comprar :)

- Pijaminha / camisa de noite com bonecos... sim sim... daqueles da disney girissimos mas um pormenor. Quero uma camisa de noite e umas calças de pijama. Percebeste? Em separado pois agora ando mto encalorada e nao quero dormir de calças. As calças sao mesmo só para andar em casa que sabes que é assim que eu ando. Very sexy

- Pantufinhas daquelas com bonecos tb oh faxavor. Daquelas bem farfalhudas e quentinhas, cheias de pelo por dentro. uso tanto que todos os anos tenho de te pedir umas novas. Até agora tens te safado bem...mas duram pouco... :)

- Casaquinho castanho de malha: uma coisa simples, básica mesmo... sim Helena esta é para ti, pode ser da tua boutique (boutique da Leny - passo a publicidade) se alguém se quiser chegar à frente fico mto agradecida se não lá vou eu ter de me armar em mae Natal

- Pulseirinhas desta loja Por um Fio. Pronto confesso, não resisti e já me armei em Mãe Natal mas tem coisas tão lindas que se quiserem oferecer mais uma ou outra coisinha não me faço de rogada.

- Botas da timberland... esta agora é da p*** da loucura... estão lá a acenar para mim faz tempo... lindas, lindas...pronto eu sei que estou a exagerar mas não custa tentar certo?

- Bués de soutiens 34 B, preciso de um preto, de um branco e outro como quiseres, colorido, as flores, às bolinhas whatever. Tem de ser é 34B e não preciso cá de push ups, sabes disso nao sabes, pai Natal? Podes ir lá espreitar a minha gaveta e vais ver os velhotes que tenho, todos rotos, uma vergonha... mas vê o modelo e é prenda com garantia

- Um workshop de maquilhagem: Gostava tanto de saber maquilhar-me da maneira como me puseram qd fui ao Você na TV e já agora se ofereceres as pinturas tb optimo. Ja sabes é que a minha base é sempre a mesma Dermablend sand

- Um perfume: Hj fui uma perfumaria e experimentei um que parece que fica na minha pele, da Calvin Klein Euphoria. Tb gosto de um que é o First mas nao me lembro da marca... Já sabes que têm de ser perfumes fortes se não, 5 min dps já não cheiro a nada....

E agora as coisinhas mais básicas e no fundo desejos para o proximo ano:

- Aguenta-me no meu trabalhinho pois a coisa nao anda facil
- Da mais clientes ao meu xuxuzinho que ele ainda tem um tempinho livre. Os clientes dele não se vão arrepender e ajudava aqui o orçamento familiar
- Vê lá se é mesmo para o ano que o meu livro vai ser lançado
- Dá-me tempo e disponibilidade para avançar naquele projecto que ando a maquinar com a Marta e Salomé

E o principal:
Saude, pois se não tivermos todos saude, não há prendas nenhumas no mundo que nos façam ser felizes.

Pronto, acho que já está. Se me lembrar de mais alguma coisa venho aqui dizer-te.

Obrigado

Cumprimentos e até breve

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Amigos, amigos...

Negócios à parte. Já é um ditado bem velhinho, do tempo dos nossos tetaravós, sobejamente conhecido por todos mas por vezes ignorado.

Era uma vez uma amiga, uma grande amiga que tinha uma empresa de engenharia e que se tinha associado a um construtor com o objectivo de alargar os clientes e trabalhar pois encontrava-se desempregada.

Era uma vez a cliente, amiga da engenheira. Tinha uma casa velhinha que precisava de umas mega obras para poder ser habitada pela familia da cliente, cliente, marido e filhos de 4 anos.

Quando a amiga engenheira soube que a cliente gostava de fazer obras na sua casa, propos-se ser ela a apresentar uma proposta e a liderar a obra. Como os orçamentos em causa andavam todos ela por ela, a cliente achou que podia ajudar a amiga aceitando que fosse ela e o empreiteiro "socio" dela a realiza-la. Era um ganho-ganho. Ganhava a cliente pois teria a certeza que não seriam roubados pois a amiga trataria de arranjar os preços justos para obra, ela garantia a cliente que a obra ficava pronta em 2 meses, coisa que outros enmpreiteiros não garantiam e ganhava ela, pela experiencia e o empreiteiro por mais uma obra que nos tempos que correm não era nada facil arranjar.

Pois deixemo-nos de rodeios. Está claro que a cliente era eu.

Vendemos a nossa casa em Março e preparamo-nos para que a obra começasse imediatamente pois levaria 2 meses se tudo corresse bem. 2 meses mais que suficientes para nós que tinhamos vendido a nossa casa para poder efectuar as obras e só tinhamos 2 meses até ficarmos sem casa. Era um risco e tudo tinha de ser cumprido à risca. Mas, as coisas não se desenrolaram conforme previsto e os imprevistos começaram a acontecer. O banco atrasou-se imenso na aprovação do crédito, o empreiteiro não quis começar a obra enquanto não visse algum e depois do crédito aprovado o banco exigia que a obra ja estivesse a decorrer para nos dar a 1ª tranche. Era o efeito ping pong. Sem dinheiro não podiamos avançar com a obra e como tal nunca receberiamos o dinheiro do banco. Até que,  em 15 de Abril lá arranjámos maneira de avançar com algum, pedindo dinheiro emprestado à familia. E as obras começaram com... quase 2 meses de atraso, devagarinho, bem devagarinho à medida do dinheiro que chegava às pinguinhas pois o banco só ia dando mais à medida que a obra estivesse concluida e o empreiteiro só fazia a obra quando recebesse dinheiro. Resultado, 2 meses depois da venda da nossa casa, estavamos sem casa. A nossa vendida e ocupada, e a outra em obras totais, impossiveis sequer de arranjar um cantinho onde pudessemos viver. Totalmente destruida.

O tempo passou... as obras que tinham começado com quase dois meses de atraso decorriam a passo de caracol. O dinheiro esse também chegava gota a gota. Nós sem casa, tivemos de viver com a casa às costas literalmente, passeando-nos entre uma casa emprestada, hotel e casa de férias na Figueira da Foz.  Tive de tirar férias forçadas pois era isso ou ficar a viver com os meus pais sozinha enquanto pai e filhos iam para a Figueira. E o dinheiro que se gastou entre hoteis, armazém, etc. Incalculavel. Os miudos entretanto ficaram sem colégio pois como andávamos tipo caracol, não conseguiamos que eles se mantivessem no colégio antigo nem que já fossem para o novo.

Passou-se Maio, Junho, Julho e chegaram as tão desejadas férias. Aquelas férias que todos nós desejamos para pôr para tras das costas os nossos problemas, para descansarmos, rirmos, divertirmo-nos e estarmos com os amigos e familia. Em finais de Julho fizemos um ultimatum às obras. Tinha-se tornado impossivel esperar mais. Além de já termos esgotado as nossas poupanças em hoteis por não termos casa, estavamos fartos e os miudos esgotados da nossa vida inconstante.

Num esforço intensivo, o empreiteiro conseguiu acabar o 1º andar por forma a podermos ir para lá. O r/c onde se encontravam os quartos e a cozinha ainda estava por acabar, bem como as escadas interiores que ligavam o r/c ao 1º andar mas, não tinhamos outra alternativa se não viver uns tempos no 1º andar, nuns colchões improvisados.

Depois de mais cerca de 2 semanas a viver no 1º andar, eis que o r/c fica pronto e podemos mudar-nos para os nossos quartos. Ainda faltavam muitos acabamentos e pormenores, nomeadamente a escada interior que ainda não havia, mas tinhamos então as condições minimas de alojamento. Estavamos já no final de Julho. As ferias tinham começado.

O exterior era ainda um monte de tábuas partidas, andaimes, areia e cimento. Estavam nesta altura, em plenas férias a fazer o isolamento exterior. Excusado será dizer que as nossas férias foram de fugir pois era impossivel estar em casa. No entanto, também não podiamos ir para fora pois os pedreiros estavam constantemente a precisar de nós, nem tinhamos dinheiro para isso. Era a energia que faltava, era a areia que acabava, era uma duvida ou outra que tinham. Enfim. O pavimento exterior nesta altura estava também ele em bruto. Era só areia preta, pregos, tabuas, um caos. Nesta altura e uma vez que estavamos de férias, conseguimos andar mais em cima da obra e constatámos que o empreiteiro não tinha ainda comprado o pavimento exterior, embora já lhe tivessemos dito há algum tempo qual gostavamos. Ficámos danados, principalmente porque tudo tinha prazos de entrega de quase 2 meses. Lá resolvemos inventar e com 3 tipos de pavimento que tinham em stock, adiantámos nós o dinheiro. Mais uma vez insistimos com o empreiteiro no cumprimento do prazo pois na 2ª quinzena de Agosto eu ia ter mais 15 dias de ferias e gostava de, pelo menos 1 semaninha estar sem homens das obras la em casa. Entretanto, tinhamos nós encomendado a piscina, também inteiramente paga por nós se a quisessemos ter a tempo de ainda ser gozada no verão. Pedimos para o empreiteiro fazer o que lhe competia e que tinha sido estabelecido previamente que era fazer o buraco e criar as condições para montar a piscina. E foi aí que as coisas começaram a dar para o torto. Uma vez que fomos nós directamente a comprar a piscina, o empreiteiro demitiu-se da responsabilidade de fazer a montagem da mesma. Ainda explicámos que tinhamos comprado nós porque tinhamos tomado a decisão no ultimo dia que garantia a entrega da piscina em tempo util. Explicámos que há muito que sabiam que piscina é que queriamos e só estavamos na duvida se iamos ou não fazer a piscina já. Quando finalmente tomámos a decisão, não houve tempo de passar a responsabilidade da adjudicação ao empreiteiro pois ainda por cima precisavam que nós lhes dessemos o dinheiro para serem eles a comprar, coisa que não tinhamos pois comprámos com crédito. O empreiteiro acabou por concordar montar a piscina e nós achámos que o valor da montagem já estaria incluida no preço da obra. Acrescentámos uns extras que considerámos que não estavam previstos, deixámos de fazer algumas obras que estavam previstas no orçamento inicial, tudo para que no final o saldo fosse perto de zero.

Qual não foi o nosso espanto, quando depois da piscina acabada, o empreiteiro nos apresenta um orçamento com quase 300 vezes mais do que aquilo que esperavamos. O equivalente praticamente ao preço da piscina.

Achámos ridicula aquela situação. O facto de fazer uma obra destas e apresentar o orçamento depois, com um valor exorbitante. Não aceitámos como é obvio. Ainda assim, atendendo a minha amizade com a engenheira que tinha sido apanhada no meio desta confusão, tentámos negociar por forma a que principalmente ela não ficasse prejudicada pois ainda por cima o empreiteiro tinha-a ameaçado através de nós, dela ter de pagar o valor que nós nos estavamos a recusar.

Depois de uma conversa meio exaltada entre nós e a minha amiga e de termos acalmado conseguimos faze-la entender que o problema estava na enorme desorganização do empreiteiro que faz obras sem orçamentos prévios e que aplica o dinheiro que nós lhe damos de uma forma desorganizada, ao que ela anuiu. Foi a primeira vez que ela trabalhou com ele, e nós não a podiamos condenar. É certo que quando nos metemos com pessoas que desconhecemos por vezes apanhamos surpresas menos boas, pois uma pessoa que parece optima pessoa, de confiança, justo, por vezes acaba por ser o contrário. As vezes não é por mal, é mesmo porque a pessoa se calhar não é tão competente como imaginavamos ou então é mesmo da personalidade da pessoa. Só com a experiencia é que aprendemos... e se aprendemos.

A obra ficou inacabada desde então. Ficou a faltar concluir o anexo que esta sem porta e com a janela antiga. Ficou por concluir o portão pequeno que acabámos por faze-lo mais tarde por nossa conta pois tratava-se da segurança da nossa casa, tal como o portão dos carros. Ficou por colocar uma porta para o vão das escadas. Ficou por acabar a escada que foi das coisas mais mal feitas que eu já vi. Ficaram os estores por afinar que todas as semanas há um que encrava vá se la saber porquê. Ficaram as janelas do 1º andar mal feitas o que deu origem a 3 inundações pois por esquecimento não furaram as janelas que permitiam o escoamento de água. Ficou por colocar um interruptor de luz, entre outros pormenores que continuam por esclarecer nomeadamente o facto de, de vez em quando, sem que nada o preveja, o quadro da luz ir abaixo como se estivesse algo em curto circuito.

Além de tudo isto, não temos qualquer garantia escrita do trabalho efectuado, ou seja, se de repente os estores se avariam, se a banheira ou as torneiras se estragam, se continuamos com infiltrações ou humidades, se a escada se parte, não sabemos a quem recorrer nem quem responsabilizar.

Depois das ferias tinhamos combinado com o empreiteiro a finalização da obra. Demos o valor que acordámos com ele e deixámos um pequeno valor para acabar quando a obra estivesse totalmente terminada com garantias e tudo. Ele concordou. Setembro passou, Outubro passou e nada. Tudo ficou tal como estava. Em Novembro o meu marido que estava pelos cabelos com toda esta situação e a controlar-se apenas por respeito à minha amiga, passou-se dos carretos, pois recebemos um telefonema do empreiteiro com uma ameaça. "Só coloco a porta e a janela do anexo em falta se pagarem a totalidade do que falta já. Sem isso não faço mais nada." Vimos logo o resto dos acabamentos em falta a irem pelo cano bem como as possiveis garantias. Tinhamos noção que se fizessemos o que ele queria, o mais certo era pirar-se e nunca mais o vermos. O meu marido não está mais com rodeios e faz o que há muito andava a ameaçar fazer. Contratar um advogado.

Um dia quando cheguei a casa, recebo a noticia que a carta do advogado já tinha sido enviada.

E foi assim que se perdeu uma amizade de mais de 10 anos. A minha amiga como era intermediária acabou por levar por tabela. O advogado aceitou o nosso caso e pediu contas ao empreiteiro e... à minha amiga. Deu um prazo limite para a conclusão da obra e apresentação de todas as garantias e pediu indemnização por danos causados por incumprimento do prazo estabelecido.

E a minha amiga deixou de falar comigo. Com razão talvez... ou talvez não. Pedi desculpa a ela por o que se passou. Sei que ela não tem culpa directamente mas indirectamente e perante o advogado vai ter que assumir alguma responsabilidade. Se estamos a ser justos com ela? Se calhar não. Mas também ninguem foi justo connosco. E ela sabe disso. Ou melhor, devia saber disso. Ela tem duas opções. Ou fica do lado do empreiteiro. Ou fica do nosso lado. Não é uma opção facil mas eu sei qual seria a minha. Entre escolher assumir um erro e escolher a amizade de mais de 10 anos, ou escolher o profissionalismo, o orgulho e uma pessoa que conhecemos há 1 ano, eu decidamente sei qual seria a minha opção. Mesmo que no meu intimo achasse que a minha amiga não teria tanta razão assim. Eu escolhia a amizade. Mas isso sou eu.

ADENDA: Mas a amizade afinal não se perdeu, pelo contrário... renasceu das cinzas, mais forte que nunca... quanto ao empreiteiro esse... sabe-se lá onde anda. As obras assim ficaram... assim se encontram. ainda hoje (04/04/2014)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Camisa de noite ou pijama

Sempre gostei muito de pijamas. Gosto de dormir quentinha e ainda para mais depois de ter sido mãe com as inumeras viagens a meio da noite entre o nosso quarto e o quarto dos pequenotes. No entanto este ano, não sei porque razão ainda não tive aquele frio que costumo ter à noite. E sinceramente está a fazer-me confusão dormir de pijama. Lembro-me que nos anos em que dormia de pijama, por vezes ia às lojas e tinha imensa pena pois havia imensas camisas de noite lindas e quentinhas enquanto os pijamas não os achava nada de especial. Havia uns giros na Oisho e pouco mais. Este ano, quando começou a ficar tempo de vestir um pijaminha mais quentinho ou melhor, uma camisa de noite mais quentinha, corri às tipicas lojas para ver se encontrava umas camisas de noite engraçadas e em conta. Ainda por cima das 3 camisas de noite que tinha dos anos anteriores só encontrava uma. Não faço ideia onde se meteram as outras duas, provavelmente ainda dentro de um caixote qualquer sei lá eu. Qual não foi o meu espanto que este ano virou moda o pijama. Há pijamas de todas as formas, cores, feitios e tecidos. Lindos, quentinhos, amorosos. E eu? Eu não estou a procura de pijamas. Quero camisas de noite. Não há! Encontro uma aqui e outra acolá com uns bonecos da Disney, nada baratas e mais nada. Nadinha, Nadica de nada.

Ora chego a conclusão que o meu termostáto não quer nada com a moda. 

Ahhh... Já agora. Na minha Wish List para o meu aniversário que se aproxima ou Natal podem acrescentar a camisinha de noite. Já sabem, bonita de preferencia com uns bonecos, quentinha. Se vier acompanhada com umas calças de trazer por casa, daquelas de pijama, que eu posso não domir com elas mas gosto de andar descontraida em casa, podem comprar também.

Hello...

Pequenas coisas que fazem rir os pais à gargalhada do meio do nada.

Estavamos os 4 no carro num passeio até Portel onde iamos passar o fim de semana quando, no meio de uma conversa a propósito já nem me lembro do quê, o Diogo sai-se com qualquer coisa como... "Ahhh Estão ali ovelhas!" O pai pergunta em tom de piada pois não tinha visto ovelhas nenhumas... "Ai sim? E de que cor são as ovelhas? Azuis?" Eis que o Diogo, que não estava para brincadeiras, abre os braços e num tom completamente teatral  e com uma cara de tasteapassarouquê sai-se com um... "HELLO!!!! Eram brancas! Não existem ovelhas azuis"

Isto lido parece que não tem piada nenhuma e uma coisa normalissima mas para nós não foi. Foi a primeira vez que empregaram uma expressão destas e muito bem conteixtualizada, ou seja a prova que o facto de estarem com os pares ou seja outras crianças como eles lhes está a fazer muitissimo bem. Ora toma lá que já almoçaste. :)


Está para chegar o dia em que também vão aprender com os seus pares umas coisas menos boas e que nós não vamos gostar nada, mas é mesmo assim. É sinal que estão a crescer.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Saudades

Vocês sabem o que eu adoro fotografar. Adoro. Adoro. Adoro. Por mim andava sempre de maquina em punho a registar momentos atrás de momentos. Aliás, a fotografia já me valeu um negocio extra através do Doces Olhares, algo que faço com muito gosto e com um prazer enorme mas apenas de tempos a tempos. E porquê? Não por falta de clientes felizmente. Até os tinha se eu quisesse. Ou melhor. Se pudesse. Mas a fotografia rouba-me tempo. Apesar de ser um prazer para mim rouba-me tempo a outro prazer que tenho que é estar com a minha familia. Se eu podia conciliar as duas coisas? Podia. Eu acho que podia, mas há sempre quem se sinta prejudicado ou ache que estou a prejudicar. Se calhar estou mas não sinto. Porque quando chego de uma sessão fotográfica venho feliz e realizada e cheia de amor para dar. Chateia-me quando sinto que do outro lado sentiram a minha falta e acharam que perdi tempo. Chateia-me não. Entristesse-me. Não me posso chatear com uma coisa destas pois é bom sentirem a minha falta não é? É bom gostarem de estar comigo e ainda bem que eu posso estar com eles e eles estão comigo. Há familias que por n razoes estão afastadas e isso sim é duro. Mas sinto a falta do clicke.

Para mais a minha mini compacta há cerca de 1 ano e meio deu o berro e avariou-se. Aquela maquinetazinha que eu levava para todo o lado e que me enchia o coração qd clicava e apontava para aquele momento que não queria perder. 

Obvio que tenho uma maquina muito melhor mas convenhamos. É uma semi profissional, grande, pesada. Não. Não cabe na mala e como tal não a levo para todo o lado. E sinto que tenho perdido tantos momentos por causa disso.

No outro dia quis fazer uma selecção de fotos dos meus miudos para imprimir e fiquei horrorizada com o que vi. Não tinha uma unica fotografia deles como deve ser no dia de aniversário deles. Como coincidiu com as mudanças de casa e apesar de ter a maquina grande disponivel, os nossos festejos foram muito simples em passeios nada programados e em familia a 4. Por diversas razões nesses simples passeios pensei. Se tivesse aqui a maquina. Mas não a tinha. Tinha ficado em casa pois era muito pesada e não tinhamos programado nada. Resultado. Zero fotos. 

Mais, as ferias de Verão. Eu que todos os anos tirava centenas de fotos nossas do Verão, praia, piscina, etc. Contam-se pelos dedos as fotos que tenho destas ferias e tudo pela mesma razão. Para a praia nao podia levar a maquina pois uma maquina destas é um chamariz. Só se eu estivesse sempre ao pé dela e não brincasse com os miudos, caso contrário estaria sempre de olho na toalha. Casa não tinhamos, tinhamos apenas uma casa em obras. Em resumo, andar com a maquina atras, uma destas, nem pensar.

E as saudades de fotografar estao a ser cada vez maiores. E já decidi. Este ano, nos meus anos quero uma nova mini compacta. Apenas para registar os momentos. Estou a um passo de o fazer. Contas e mais contas... mas vai ter de ser pois preciso de uma maquina na minha vida. Já a escolhi. É cor de rosa... :)