terça-feira, 10 de novembro de 2015

Os ultimos 3 meses

Este blog tem estado paradito. Não por falta de motivos para escrever mas sim por falta de vontade de escrever.

Estranho não é? Logo eu que para mim escrever é quase como respirar. Uma necessidade, um gosto, é o que amo fazer. Mas às vezes acontece-me isto. Bloqueio. 

Foi muita coisa... muita coisa mesmo a acontecer e os meus pequenos prazeres da vida ficaram todos em stand by.

Primeiro as férias. Férias são férias, até do blog. Aqui tudo bem. Foram excelentes. Com muita praia, festas, amigos. Soube-me pela vida até que... dois dias antes do fim das mesmas acontece-me o inesperado.

Estava eu na espreguiçadeira a descansar na praia do Waikiki quando os meus filhos depois de insistirem com o pai para ir jogar à bola com eles e este se ter recusado pois estava a trabalhar, se viram para mim e me pedem para ir jogar com eles.

Um pouco a contra gosto porque detesto jogar à bola, encosto a revista na mesinha e levanto-me para lhes fazer a vontade.

Nem 5 minutos tinham passado, um dos meus miúdos chuta à bola para a baliza onde eu estava e sem ter conseguido reagir, desequilibro-me e esbardalho-me no chão em cima do pulso esquerdo. Oiço um temido CRAC, vejo a minha mão toda virada e sinto uma dor lacinante pior do que alguma dor que já tenha vivenciado. Os miudos vão ter comigo, perguntam-me se estou bem e não tenho como mentir-lhes. Não estou bem. Tenho o pulso partido e temos que ir já para o hospital.

Chegamos ao pé do pai e este nem queria acreditar no que me tinha acontecido. Demorou alguns minutos até perceber que eu estava mesmo a falar a sério e tinhamos mesmo de ir ao hospital. Homens!!!! Atrofiou completamente. Mas lá fomos.

Raio X depois e confirma-se o temido. Teria de ser operada no dia seguinte para endireitar e pôr ferros, pois o pulso estava em muito mau estado e esperavam-me umas 6 semanas de gesso com o braço ao peito.

As férias para mim acabaram ali. É obvio que também não fui trabalhar, fiquei de baixa todas essas 6 semanas mas a vontade de ir para a praia ou passear eram nulas... aliás, eram abaixo de zero. As dores eram muitas, o incómodo era demasiado.

6 semanas depois, finalmente tiro o gesso e os ferros. O meu braço estava parecido com o braço de um ET. Assustador. E começou a saga da fisioterapia ao mesmo tempo que regressava ao trabalho mesmo com o braço atrofiado.

O trabalho estava caótico por causa de um evento que ia decorrer dali a um mês e eu tinha ficado de organizar. A minha equipa esperava ansiosamente que eu chegasse para resolver uma série de questões que estavam pendentes por causa da minha baixa. 

A fisioterapia era um horror com um fisioterapeuta que, apesar de ser ótimo, era também de uma violência incrível. Saía da fisioterapia de lágrimas nos olhos e a suar em bica. Acabei por mudar de fisioterapeuta quando o trabalho apertou ainda mais pois deixei de ter horário para ele. A minha vida foi uma correria autentica desde então...  fisioterapia, trabalho, evento... andava sempre a 100/hora. 

E assim foi.... mais coisas se passaram no meio disto tudo, umas coisas mais giras, outras menos giras.

Foram umas férias inesqueciveis, isso foram. Pelos piores motivos infelizmente.