sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Não... isto não é um blog sobre doenças

Mas que neste momento parece, parece....

Então não é que eu, que estive mais de 20 anos sem uma amigdalite, este ano já fui brindada com duas???!!!

Ora toma lá...

E que as amigdalites são uma coisa para lá de brutais. Ele é febre, não conseguir engolir sequer a propria saliva e desta vez até direito a uma crise de falta de ar eu tive (outra coisa que já não tinha há anos!) Era ver-me a mim, no terraço à noite, a arfar cheia de pieira e a tossir que nem um cão depois de uma bombada de um ventilan fora de prazo que tinha perdido lá na gaveta, tal era o tempo que eu felizmente não mexia naquilo.

E o JP depois de me ter andado a chatear o dia inteiro, a dizer que eu não fazia nada em casa e que estava para ali a morrer (estava realmente e literalmente num estado de semi coma) e inclusivamente ter nesse dia se lembrado de agarrar num balde de tinta e rolo de pintura e me ter chamado (e ralhado) por o não ter ido ajudar a pintar o quarto e muro de casa, finalmente ter engolido em seco e realizado o quão mal eu de facto estava!!!!! Hellooo???

A sério? Dá para deixar de ser criança? Já o meu homeopata diz que tudo o que eu tenho são doenças de criança... Mas será que os micróbios não vêm que eu já tenho idade para ter juizo? 38 anos já não sou nenhuma criança porra!

Vantagens da amigdalite? Ora que depois de 2 dias sem comer, nem beber, nem ter fome, as minhas calças de ganga que costumam estar justinhas, justinhas, apresentavam uma folga de quase 2 dedos na cintura. IUPIII

E pronto, depois de mais esta... agora chega não? (E agora é que vem aí o inverno.... ups...)

terça-feira, 17 de setembro de 2013

A minha urticária

Estava eu aqui a pensar que, por um lado me apetecia escrever sobre qualquer coisa, por outro não sabia muito bem sobre o quê, até que de repente me lembrei que ainda não tinha dado novidades aqui sobre a minha urticária e eu gosto / quero / preciso registar esta situação porque posso precisar mais tarde.

Então vamos a factos: No dia 15 de Agosto de noite (quinta feira) apareceu-me uma crise de urticária como a de há 3 anos. Comecei a tomar dois comprimidos de cortizona pensando que podia ser uma reaçãozita qualquer passageira. Passou... resolvi fazer o "desmame" da cortizona rapidamente porque detesto tomar estas coisas e ao mesmo tempo fazer tratamento homeopatico. O meu homeopata recomendou-me as tais bolinhas (sempre diferentes para cada doença) parando com as atuais e nesse fim de semana comecei a reduzir a cortizona, parando na 2ª feira. Sabendo que com a urticária nunca podemos dar pulos de contente, fiquei feliz por na 3ª e 4ª e 5ª não ter nada mas foi uma felicidade contida. Algo me dizia que isto não ficava por aqui. Na sexta feira comecei a trabalhar e... para grande infelicidade minha, a dita voltou. Voltou em força de uma maneira como eu já não me lembrava (as coisas más nós tentamos esquece-las rapidamente, não é?) Pois é... coincidiu com o facto da minha mãe estar lá em casa e quando me viu chegar num estado completamente lastimável, com as pernas, barriga e braços em completa chaga,  com olhos de quem só lhe apetecia era chorar, chorar e chorar de dor e comichão, disse-me... vou já 2ª feira comprar-te um xarope de aloé vera que eu e o teu pai estivemos a tomar há uns tempos e que te pode fazer muito bem. Era o xarope de aloé vera dos frades franciscanos que só existe em alguns conventos e que os meus pais descobriram há uns tempos. Eu só queria que a urticária se fosse embora de uma vez e queria deixar a porcaria da cortizona e pensei que aquilo mal não me faria. Falei do xarope a várias pessoas que já o tinham tomado e diziam realmente coisas muito positivas dele. Disse logo que sim, que fosse comprar rapidamente e ao mesmo tempo, descobri nos meus emails a dosagem da cortizona que tomei na altura da minha ultima grande crise. Decidi por minha conta e risco fazer o tratamento de cortizona porque achei que de outra maneira, andar a tomar cortizona esporadicamente não ia combater o mal.

Passados 12 dias de cortizona com o respetivo desmame, a urticária desapareceu. Continuei a tomar o xarope de aloé vera e a tomar a homeopatia e até agora 1 mês depois da crise, desapareceu. Não faço ideia se definitivamente se por quanto tempo porque a urticária crónica é mesmo assim. Aparece sem que nada a faça prever e desaparece... bom, se calhar não desaparece mas camufla-se por tempo indeterminado.

Stress? Ansiedade? Qualquer coisa a fez despoletar. Eu aposto na ansiedade de voltar ao ritmo de trabalho e emprego que tenho. Todas as minhas crises foram em alturas em que estava particularmente ansiosa (negativamente, claro). Coincidência ou não... Não sei. Talvez nunca saiba...


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Os livros escolares

 Hoje no ginásio, falávamos de livros escolares e eu, ainda chocada com o facto de ter 13 livros para cada um dos meus filhos, comentei com as minhas colegas que achava uma loucura e tal e tal e que ainda por cima não davam de ano para ano e bla bla bla, pardais ao ninho e que ainda por cima também eram diferentes de escola para escola.

Quando eu digo isto, uma das minhas colegas muito espantada pergunta: Como não são iguais para todas as escolas? Então o plano pedagógico não é o mesmo? Os exames nacionais não são iguais para todos? Como é possível haver livros diferentes de escola para escola? A incredulidade dela era tanta que me colocou a mim mesma com duvidas e quando cheguei ao trabalho, fui visitar mais uma vez o blog da minha amiga Maria que há uns tempos tinha colocado lá a imagem dos livros que tinha comprado para a filha, também no 1º ano.

Confirmou-se. os livros eram totalmente diferentes. Ora que no privado haja fichas de avaliação, fichas de trabalho, oficinas de trabalho, etc e tal ainda percebo. percebo que no publico sejam mais limitados e tenham como obrigatórios apenas os livros base, mas daí até os próprios livros base serem diferentes?

Acho mal. Acho mal pronto e francamente não sei se me convencem do contrário. Interesses das editoras? Ora raios partam as editoras... sempre houve varias editoras, já no meu tempo e no meu tempo TODA A GENTE tinha o PAPU 1, 2, 3 e 4. 

Depois o meu irmão 6 anos mais novo teve outro livro mas vou jurar que era o mesmo para TODAS as escolas (publicas ou privadas). Quando é que de repente isto passou a ser uma anarquia? Uma escola apetece-lhe adotar um manual xpto e pronto? Não percebo. Eu já me tinha apercebido mas confesso que até ter conversado sobre isso nunca me tinha questionado. Numa época em que tanta gente tem dificuldades em comprar livros, não seria melhor uniformizar tudo? Cada editora submetia os seus manuais a concurso e aquele que ganhasse era o manual adotado para todas as escolas. E de x em x anos então, mudavam. Também não percebo o porquê de mudar de manual todos os anos. Alguém me consegue explicar isto como seu fosse muito burra?

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Nós e a bricolage mais uma vez


E que bonitas ficaram as secretárias dos meus filhotes não foi?

E o trabalho que isto deu a montar? Pois... Fomos comprá-las ao IKEA a semana passada, já eu andava de olho nelas há imenso tempo. Ainda pensámos em mandar entregar em casa com montagem mas ia encarecer as mesas para quase o dobro delas, então achámos que não podia ser tão dificil assim.

Cada mesa tinha duas partes, a secretária propriamente dita e as prateleiras e quadro de cima. Como já sabem o meu jeito para bricolage é praticamente inexistente. Eu e o martelo, decididamente não fomos feitos um para o outro, então quem ficou responsável pela montagem foi o mestre JP sendo que eu ficaria responsável por ler as instruções de montagem e transmitir-lhe corretamente os procedimentos. Tenho que admitir que desta vez nem nessa parte eu estive bem e enganei-me uma quantidade de vezes nos sítios onde ele devia colocar os parafusos e por isso não me livrei de umas quantas bocas foleiras. Por isso mesmo, as secretárias foram montadas muito lentamente. Um dia uma, uns dias de descanso depois outra e as partes de cima estiveram até ontem por montar porque o JP não estava para isso (pudera com uma ajudante como eu, compreendo perfeitamente).

Então, no domingo, enchi-me de coragem e esventrei os cartões onde estavam as partes de cima para ver se percebia alguma coisa daquilo e depois de algum tempo (bastante) a estudar as instruções, aventurei-me na bricolage sozinha para espanto do JP que quando se apercebeu fingiu que nem me estava a ver.

Devo dizer que avancei porque aquilo era realmente uma cagada. Fácil... fácil... fácil... ainda assim, quando foi para juntar as prateleiras à mesa tive de pedir ajuda ao mestre. Não por ser difícil mas porque era preciso um bocadinho mais de força do que aquela que eu despendia, para aparafusar as duas partes.

O resultado final foi fantástico. Adorei e os miúdos deliraram. Adoraram as mesas, as cadeiras e os acessórios que comprei como os candeeiros e os protetores de secretaria. Até dá gosto estudar assim. Até eu fiquei com vontade de voltar a estudar com uma mesa assim (depois passou-me rápido).

Estou muito orgulhosa da nossa escolha e do nosso trabalho. Valeu a pena. Agora espero que a estimem porque ela é para durar uns aninhos.


sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Compras online super baratas - Não, obrigado!

Não sou fã de compras online, pelo menos para mim. Já comprei várias coisas online mas regra geral nunca fico totalmente satisfeita. Ou é largo demais ou justo demais, ou a forma não me fica bem ou o tecido não presta. Têm sido raras as boas coisas compradas online. Antigamente ainda fazia bastantes compras na Vertbaudet para os miudos (talvez dos poucos que nunca me enganou e sempre me deixou feliz), mas ultimamente nem isso tenho feito. Já o JP, é fã de pechinchas na internet. Ou melhor... era, até ser enganado uma, duas, três vezes.

A ultima vez foi com o site do showroomprive , um site que diz que oferece roupa e artigos de marca, muitos com mais de 80% de desconto. Quase oferecidos portanto. Andava louco com os descontos no site. Todos os dias depois da meia noite quando saiam as novidades do dia, lá andava ele a saltitar de marca em marca para ver os descontos e depois mostrava-me: "-olha esta camisola tão gira com 90% de desconto!" olha isto! olha aquilo! Eu ficava de boca aberta com os descontos fabulásticos mas nunca me deu na maluqueira para comprar. Talvez porque ando a evitar compar roupa por causa dos Kgs a mais, talvez porque em tempos de crise só compro de facto o que me faz falta, não sei. Mas nunca avancei para a compra. Até que, começaram a aparecer coisas para os miudos. E se quando é para nós, evitamos ao máximo gastar dinheiro, quando se trata dos nossos filhos é mais dificil dizer que não.Até porque a roupa a eles faz-lhes sempre falta. E assim, com o meu aval, começámos a comprar no showroomprive.

A primeira compra foram 2 camisas brancas de marca muito giras que pensámos logo serem para usar no batizado do Francisquinho. Ao mesmo tempo que esperávamos que chegassem, comprámos 2 pares de tenis muito loucos tamanho 30 para os miudos e o JP ainda fez uma compra de um Bluetooth da apple todo xpto para o carro.

O tempo passou e as camisas chegaram. Camisas?????? Pois, eram duas sim senhor. Mas SÓ veio UMA!!! Fizemos logo a reclamação, disseram que tinha havido ruptura de stock e devolveram-nos o dinheiro. Tudo bem, ao menos isso mas se dissessem que só havia uma eu não tinha comprado nenhuma! (Normalmente estas coisas gosto de comprar igual ou parecidas)

Passado uns dias vieram os tenis. TENIS????? Eram 2 senhores!!! E tamanho 30!!!! Porque raio enviaram UM par de tenis TAMANHO 28??? Se eu pedi o 30, porque raio enviaram tamanho 28???? É estarem a gozar com o comprador!!! Eu acho. Acho uma falta de profissionalismo incrível. De que serve haver preços baixos se é para enganarem os clientes? Que é que ganham com isso? Nada! só perdem porque obviamente nós não quisemos o tamanho 28 que não nos serve para nada. Mais uma vez vamos devolver e reembolsam-nos o dinheiro. Tudo bem, somos reembolsados mas entretanto disponibilizámos o dinheiro que podia servir para outras coisas. Acho mal.

Como se não bastasse, o bluetooth da apple que o JP comprou, era um bluetooth do chinês. Ou se não era parecia.

Resultado, das compras que fizemos NEM UMA correu como desejávamos. Showroomprive nunca mais!

Aventuras da madrinha #1

Lá no outro blog do "Era uma vez..." expliquei que vou ser madrinha pela primeira vez. Foi uma noticia que me deixou imensamente feliz, principalmente por ter vindo de quem veio, uma das minhas melhores amigas, a Ritinha. Se há coisa que quando soube que a Ritinha estava grávida, desejava do fundo do coração era ser madrinha deste bebé. Porque é o seu primeiro bebé, porque sei o quanto era desejado e porque a Ritinha é para mim uma irmã. Por isso, quando ela me convidou no dia em que fiz 38 anos, foi para mim a maior prenda de anos que ela me podia ter dado. 

A única grande pena que tenho é que ela não viva aqui ao meu lado. Mas para estarmos presentes na sua vida não precisamos de morar mesmo ao lado. E afinal de contas, o que são 50 Kms quando há familias afastadas por um oceano?

O batizado já está marcado. Vai ser dia 28 de Setembro. Revivi nos últimos dias tudo o que passei quando resolvi batizar os meus pipoquinhas. Ainda agora estive a ler no blog pessoal deles as aventuras para os batizar. Então é assim. Uma das coisas que me tinha chateado quando batizei os meus filhos, foi a exigencia que faziam para serem madrinhas ou padrinhos. A madrinha e padrinho supostamente têm de ser batizados (compreendo), ter a 1ª comunhão(aceito) e serem crismados (aqui depende das igrejas), MAS também para serem padrinhos ou madrinhas só podem ser solteiros (tudo bem) ou casados pela igreja (What?). Mais, uma vez tendo sido casados pela igreja mas divorciados, bem que podem ter o crisma que deixam de ser aceites como padrinhos (WHAT????) Mais ainda... mesmo que não tivesse casado pela igreja mas fosse divorciada e a pessoa refizesse a sua vida e viver em pecado (união de fato), também não podia ser madrinha ou padrinho. Esta é de fato a regra mais estúpida (perdoem-me os crentes) da igreja. Ora francamente, uma pessoa tem lá culpa de não ter acertado à primeira no seu marido ou mulher???? Tudo bem que fazemos aquelas promessas da saúde e doença, alegria e tristeza até que a morte nos separe mas caramba. Ás vezes não dá mesmo. Uma pessoa não deixa de acreditar em Deus ou fica descredibilizada perante Deus por procurar ser feliz noutro lado, com outra pessoa. Esta é a minha opinião. Acho uma estupidez incrível fazerem disto regra para sermos padrinhos. Isto não é uma coisa que se escolha. Eu não escolhi divorciar-me. Aconteceu... como pode acontecer um acidente qualquer. Uma pessoa não se divorcia por dá cá aquela palha. As pessoas cometem erros. Eu percebo a historias dos sacramentos e o casamento ser um sacramento e tal, mas não há tanta gente de fé que escolhe nem se casar e portanto não fazer esse sacramento? Isto não pode nem deve ser uma coisa obrigatória. Não faz sentido nenhum que o seja.

Perante isto tudo eu, divorciada com a minha vida refeita e bem refeita, mãe de 2 putos lindíssimos batizados que até gostaria de coloca-los na catequese para aprenderem um pouco mais sobre esta fé, vejo-me perante a possibilidade de não poder ser madrinha do meu Francisco porque sou... divorciada.

Tendo eu já batizado os meus miúdos, sabia que isto não podia ficar assim. Felizmente a Ritinha depois de conversar com o padre da paróquia, lá conseguiu que me aceitassem como madrinha de coração. Sim. Gosto do nome. Melhor do que testemunha como chamaram ao meu irmão. No entanto, mais uma vez, uma nova imposição, que frequentasse uma reunião de preparação de batismo. 

Como sabia (já tinha visto no batizado dos meus miúdos), que a reunião podia ser em qualquer paróquia, decidi fazer na minha. Felizmente era só uma. Tive a sorte de ter ido lá, precisamente no dia em que ia a haver reunião de preparação para pais e padrinhos. A reunião era as 20 horas. Uma hora verdadeiramente chata para estas coisas. Há coisas que realmente não entendo. Todas estas pessoas têm bebés e filhos, ou não estariam lá. Vão marcar estas reuniões para a hora de jantar? Coisa estranha realmente. Enfim, lá ouvi eu todo o processo de batismo, que até foi bom pois foi igual à ultima reunião de preparação que tive na altura dos miudos em que não tinha entendido nada por ser demasiada gente numa sala pequena, com imenso calor e uma pessoa que falava baixinho e não explicava com entusiasmo nenhum. Este diácono, devo confessar que foi um espetáculo. Apesar de ter demorado mais do que ele me tinha dito (demorou 1h30), foi uma reunião super interessante. Ele falava de um modo verdadeiramente entusiasmante e sabia explicar mesmo bem todos os conceitos. Admito que não me lembrava de metade das coisas. Sabia obviamente o que tinha de fazer como madrinha mas agora sei os porquês de o fazer. As vezes também pormenorizava demasiado e dispersava um bocadinho mas também era eu que estava impaciente por estar ali a uma hora que não me era nada conveniente e que queria era despachar. Se calhar se fosse lá sem pressões, seria melhor.

E pronto, lá saquei a declaração no fim da reunião e estou oficialmente preparada para ser madrinha do Francisquinho.



quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Um bom filho a casa retorna

Já dizia o ditado da minha avozinha.

Cá estou eu outra vez neste pequeno grande espaço que me acompanha há bastantes anos (não sei quantos, mas já vou ver).

Onde ficou o Era uma vez..., os meus projetos, etc? Porque ando a viajar de blog em blog? O que é que eu realmente ando a fazer e para quê?

Meus amigos e leitores, vou tentar explicar o que se passou.

O "Era uma vez..." era uma tentativa de iniciar um projeto que estava na minha cabeça, que se fosse para a frente, passaria a ser um projeto de vida e portanto um blog bem diferente deste dos pequenos nadas. Mais uma maluqueira da minha cabeça, pensam algumas pessoas. Talvez. Quem me conhece sabe que não gosto de estar parada e para mim, parar é morrer. E com isto não significa que não tenha trabalho. Tenho e muito graças a Deus, mas a minha cabeça precisa de mais. Mais estímulos, emoções. Uma vez fui a um astrólogo, há muitos anos, que me perguntou: "Que raio está a fazer na área financeira? Você precisa é de viajar, conhecer pessoas, falar, de um emprego ativo, interessante e inovador". Pois é. Falar é fácil mas a verdade é que foi por aqui que enveredei e até ver é onde fico. Mas é obvio que a minha mente não vê só números. Não acredito em astrologia e afins mas acredito que nós não estamos formatados apenas para fazer uma coisa (algumas pessoas poderão estar, mas eu não). E o "Era uma vez..." foi uma tentativa de lutar por um sonho antigo que era escrever. Eu sabia que era difícil se não impossível, mas quis tentar. Não desisti. Nunca desisto. Não posso. Se digo aos meus filhos para não desistirem não vou ser eu a faze-lo. Mas adiante: Porque fazer um novo e depois voltar ao antigo?

Uma palavra: URTICÁRIA! Ora estava eu muito bem no meio das minhas férias, ainda em pleno gozo, quando no dia 15 de Agosto, depois do aniversário da minha mãe, a meio da noite, acordo com o corpo cheio de comichão como se tivesse a ser devorado por formigas. Levanto-me e vou a casa de banho. Quando olho para os meus braços e pernas o meu coração parou por breves segundos. NÃOOOOOOO pensei eu. Não pode estar a voltar a acontecer. Enfiei 2 comprimidos de rosilan 30 mg no bucho, enchi-me de creme e deitei-me quieta com o corpo em chamas de vontade de coçar. Quando acordei, as borbulhas e a comichão tinham passado mas eu sabia que seria apenas momentaneamente. Que a minha luta contra a urticária crónica estava prestes a voltar. E foi nesse dia 16 de Agosto de manhã que me lembrei deste blog. Quis saber quando tinha tido a ultima crise para poder pesquisar o que fiz na altura. E descobri. Pois tinha a certeza que tinha registrado aqui o meu drama. Foi precisamente há 3 anos atrás. Tinha todo o meu historico neste blog, como se fosse um diário de registros médicos. Tudo o que passei, o que senti e o que estava prestes a sentir novamente. Todo o drama e o horror de ter uma urticária crónica de causa desconhecida.

Foi aqui que registrei um tema tão pessoal e importante para mim. Aliás, eu diria que o mais importante de um blog é o registro médico do que vamos tendo, dos sintomas, das soluções. Já o blog dos meus filhos é a mesma coisa e por isso mesmo pouco antes das férias decidi retomá-lo. Um blog vale, não pela importância e interesse que tem para os leitores mas sim, pela importância que tem para mim própria. E na verdade, descobri o quão importante os pequenos nadas é para mim.

Hoje, depois de 12 dias a cortizona tal como há 3 anos atrás, espero ansiosamente que a urticária se tenha ido embora novamente, seja por mais 3 anos ou ainda mais, quiça para sempre. Duvido. Ela ainda anda por cá. Agora sem cortizona, apenas com homeopatia e uma mezinha de que vou falar mais a frente. Vamos ver se a dita vai dar uma curva.

Portanto meus leitores e Rita que me lês mais tarde, desculpem lá qualquer coisinha e cá vos espero, na minha casinha de antigamente. Os pequenos nadas da MINHA vida!