sexta-feira, 29 de abril de 2011

29 Abril - Mudanças

Hoje foi o dia das mudanças. Escolhemos um óptimo dia para nos mudarmos, ah pois foi. Que melhor dia, se não o dia do maior temporal dos últimos 10 anos?

Uma amiga a C conseguiu convencer os pais a emprestar-nos a casa dela que está a venda por 1 mês. Sim, porque eu disse que era só por um mês e estava mesmo a sério. O JP quase me convenceu que no final de Maio já estaríamos de certeza na nossa casa. A casa é em Belém, mesmo ao pé do meu trabalho, o que me dá um jeitaço. É pequenina, apenas com 2 quartos e sala e não tem maquina de roupa nem loiça mas a malta arranja-se. Dormimos todos no mesmo quarto e ficamos com o outro quarto para eles brincarem e para o JP trabalhar. Entretanto a escola já era e hoje, dia da mãe na escola, foi também o ultimo dia deles naquela escola. Lágrimas à parte, a despedida correu muito bem. 

Depois de uma manhã inteira a carregar a camioneta das mudanças e após algumas viagens de ida e volta com o meu carro atulhado até ao tecto, pelas 16 horas, conseguimos finalmente colocar tudo lá dentro. Mesmo à justa pois já não cabia nem mais uma mosca. Decidimos que parte das coisas iriam para um armazém e outra parte para a casa de Belém. Na hora que a camioneta saiu, caiu a maior chuvada dos últimos anos. Fiquei encharcadinha até à medula. Quando chegámos a Belém, parecia um desafio do Biggest Looser. Subir e descer as escadas até ao 1º andar carregada de malas, caixotes e etc não foi pêra doce. Finalmente perto das 20 horas, descarregámos tudo. Tínhamos ainda deixado algumas coisas na nossa casa, quadros, livros, baldes, esfregona, aspirador e resolvemos que iríamos lá depois de jantar. Fomos jantar a casa dos meus sogros, onde tínhamos deixados os miúdos no dia desta aventura e onde tinha caído o maior "nevão" de sempre, pleno centro de Benfica. Estradas cortadas, gelo até a cintura em alguns locais. Um filme de terror.

Após o jantar voltámos à nossa casa para ir buscar mais tralhas mas a aventura estava longe de ter terminado. O JP ao colocar algumas coisas no lixo, mandou para o lixo as minhas chaves do carro. Estão a ver aquelas ilhas ecológicas? Pois, foi exactamente para aí que foram parar as minhas chaves. Quando o JP chega a casa e me diz, quase branco o que tinha acontecido o meu mundo parecia ter desabado em cima de mim. Era o que mais faltava acontecer depois deste dia. Chorei desalmadamente sentada no chão do corredor vazio enquanto o JP voltava para junto do lixo para ver se conseguia tirar as chaves. Valeu a ajuda preciosíssima de 2 vizinhos que viram o que se passava. Um deles foi buscar uma cana de pesca e conseguiu, com a ajuda de uma lanterna "pescar" as minhas chaves. 

Reestabelecidos do susto e do choque, voltámos para casa dos meus sogros, não sem antes termos apanhado outra chuvada inacreditável em cima de nós.  E assim correu o pior dia de sempre desde há muito tempo.

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