quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Um bom filho a casa retorna

Já dizia o ditado da minha avozinha.

Cá estou eu outra vez neste pequeno grande espaço que me acompanha há bastantes anos (não sei quantos, mas já vou ver).

Onde ficou o Era uma vez..., os meus projetos, etc? Porque ando a viajar de blog em blog? O que é que eu realmente ando a fazer e para quê?

Meus amigos e leitores, vou tentar explicar o que se passou.

O "Era uma vez..." era uma tentativa de iniciar um projeto que estava na minha cabeça, que se fosse para a frente, passaria a ser um projeto de vida e portanto um blog bem diferente deste dos pequenos nadas. Mais uma maluqueira da minha cabeça, pensam algumas pessoas. Talvez. Quem me conhece sabe que não gosto de estar parada e para mim, parar é morrer. E com isto não significa que não tenha trabalho. Tenho e muito graças a Deus, mas a minha cabeça precisa de mais. Mais estímulos, emoções. Uma vez fui a um astrólogo, há muitos anos, que me perguntou: "Que raio está a fazer na área financeira? Você precisa é de viajar, conhecer pessoas, falar, de um emprego ativo, interessante e inovador". Pois é. Falar é fácil mas a verdade é que foi por aqui que enveredei e até ver é onde fico. Mas é obvio que a minha mente não vê só números. Não acredito em astrologia e afins mas acredito que nós não estamos formatados apenas para fazer uma coisa (algumas pessoas poderão estar, mas eu não). E o "Era uma vez..." foi uma tentativa de lutar por um sonho antigo que era escrever. Eu sabia que era difícil se não impossível, mas quis tentar. Não desisti. Nunca desisto. Não posso. Se digo aos meus filhos para não desistirem não vou ser eu a faze-lo. Mas adiante: Porque fazer um novo e depois voltar ao antigo?

Uma palavra: URTICÁRIA! Ora estava eu muito bem no meio das minhas férias, ainda em pleno gozo, quando no dia 15 de Agosto, depois do aniversário da minha mãe, a meio da noite, acordo com o corpo cheio de comichão como se tivesse a ser devorado por formigas. Levanto-me e vou a casa de banho. Quando olho para os meus braços e pernas o meu coração parou por breves segundos. NÃOOOOOOO pensei eu. Não pode estar a voltar a acontecer. Enfiei 2 comprimidos de rosilan 30 mg no bucho, enchi-me de creme e deitei-me quieta com o corpo em chamas de vontade de coçar. Quando acordei, as borbulhas e a comichão tinham passado mas eu sabia que seria apenas momentaneamente. Que a minha luta contra a urticária crónica estava prestes a voltar. E foi nesse dia 16 de Agosto de manhã que me lembrei deste blog. Quis saber quando tinha tido a ultima crise para poder pesquisar o que fiz na altura. E descobri. Pois tinha a certeza que tinha registrado aqui o meu drama. Foi precisamente há 3 anos atrás. Tinha todo o meu historico neste blog, como se fosse um diário de registros médicos. Tudo o que passei, o que senti e o que estava prestes a sentir novamente. Todo o drama e o horror de ter uma urticária crónica de causa desconhecida.

Foi aqui que registrei um tema tão pessoal e importante para mim. Aliás, eu diria que o mais importante de um blog é o registro médico do que vamos tendo, dos sintomas, das soluções. Já o blog dos meus filhos é a mesma coisa e por isso mesmo pouco antes das férias decidi retomá-lo. Um blog vale, não pela importância e interesse que tem para os leitores mas sim, pela importância que tem para mim própria. E na verdade, descobri o quão importante os pequenos nadas é para mim.

Hoje, depois de 12 dias a cortizona tal como há 3 anos atrás, espero ansiosamente que a urticária se tenha ido embora novamente, seja por mais 3 anos ou ainda mais, quiça para sempre. Duvido. Ela ainda anda por cá. Agora sem cortizona, apenas com homeopatia e uma mezinha de que vou falar mais a frente. Vamos ver se a dita vai dar uma curva.

Portanto meus leitores e Rita que me lês mais tarde, desculpem lá qualquer coisinha e cá vos espero, na minha casinha de antigamente. Os pequenos nadas da MINHA vida!

2 comentários:

Sylvie disse...

As melhoras minha querida

Anuska disse...

Já tinha saudades de te ler :)

Beijos,
Ana