sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Fashion Night Out

Ontem a minha amiga Helena desafiou-nos a ir à Vogue Fashion Night Out. Não que eu seja muito dada a modas e a eventos deste género, por isso na altura do convite nem disse imediatamente que sim. Gosto de ir quando tenho dinheiro para comprar coisas, mas quando estou de corda ao pescoço sinto-me mal só a ver e sem poder comprar. Assim, quando chegou o dia e ela me voltou a perguntar se queria ir, hesitei e perguntei por um descargo de consciência se o JP gostaria de ir. Por incrivel que pareça, ele apesar de homem, é mais vaidoso e fashion do que eu e achou imensa piada ao conceito. E lá fomos nós. Deixámos os miudos a jantar com os avós e estacionamos nos restauradores as 19 horas em ponto, hora em que começava o evento e as ruas se começavam a encher de gente. As lojas, essas estavam animadissimas, com passadeiras vermelhas à frente, meninas todas jeitosas a porta a oferecer uma flute de champagne ou a convidar amavelmente as pessoas a entrar nas lojas. Todas as lojas passavam musica de discoteca, algumas com DJs bem conhecidos. Havia quem oferecesse vodka, cerveja, champagne, tudo o que podem imaginar. A malta essa estava sofrega. As 20 horas já não se conseguia por um pé nos armazéns do Chiado que abarrotava de gente com luzes de neon coloridas e uma batida que mais parecia a de uma discoteca da moda. 

Como estavamos cheios de fome, entrámos na Eric Kayser, uma padaria toda XPTO que obviamente não tinha aderido ao evento e por isso mesmo onde havia meses para estar. Não fiquei fã desta padaria que se diz tradicional. Os bolos e o aspecto são de fazer crescer água na boca, mas o preço e depois o sabor deixam muito a desejar. Começamos a subir o Chiado, bebemos um café nespresso grátis, e já à vinda ainda conseguimos fazer uma comprinha nos saldos da Benetton e numa loja de crianças que desconhecia, a Du Pareil...au Même

Lisboa estava ao rubro. Talvez para esquecer a crise, esquecer as palavras do Passos Coelho que à mesma hora informava o país que as medidas de austeridade anunciadas na sexta feira eram para avançar.

Quando fomos embora, pelas 21:15 pois no dia seguinte era dia de escola dos miudos, o Chiado estava literalmente à pinha. Tivesse eu outra idade e outra disponibilidade e se calhar tinha-me ficado também por ali, como aquela malta, a deliciarem-se com as bebidas free e musica electronica até às tantas. Sim, porque duvido que aquela malta que lá estava, estivesse lá efectivamente para comprar o que quer que fosse. Gosto destes eventos. Pelo menos dão vida à cidade. Os estrangeiros que lá passavam estavam boquiabertos com tanta animação. Na volta acham que é sempre assim... Muito giro, a repetir talvez no proximo ano.

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